O corpo do escritor Gabriel García Márquez, que morreu quinta-feira no México, será cremado «em privado» e na tarde de segunda-feira terá lugar uma homenagem no palácio das Belas Artes da capital mexicana.
María Cristina García Cepeda, diretora do Instituto Nacional de Belas Artes revelou a informação ao ler um comunicado em nome da família do escritor colombiano em frente da sua casa no México.
Entretanto, a irmã mais nova de García Márquez, Aída García Márquez, manifestou esperança de que o corpo de «Gabo» seja sepultado na Colômbia, na sua terra natal, local de inspiração para as suas obras, disse.
O escritor colombiano e Nobel da Literatura Gabriel García Marquez morreu na quinta-feira na Cidade do México, aos 87 anos.
O autor de «Cem anos de solidão» foi distinguido com o Nobel da Literatura, em 1982, e não publicava desde 2010, quando foi dado à estampa «Yo no vengo a decir un discurso» («Eu não venho dizer um discurso»).
«Memória das minhas putas tristes», editado em 2004, é assim o último livro de ficção de um autor de causas, que nunca escondeu simpatias políticas, nomeadamente pelo regime cubano de Fidel Castro.
O romance sucedeu a «Do Amor e outros demónios» publicado dez anos antes. «Amor nos tempos do cólera», «Crónica de uma morte anunciada», «O general no seu labirinto» e «Ninguém escreve ao coronel» são outros títulos emblemáticos do escritor.
Na passada segunda-feira, a mulher e os filhos do escritor colombiano emitiram um comunicado, no qual afirmavam que o estado de saúde do escritor era «muito frágil», havendo «risco de complicações».
Gabriel Garcia Márquez regressara a casa no início do mês, depois de uma hospitalização que durou uma semana, por uma infeção pulmonar.
Lusa