A infanta Cristina terá sido uma espécie de «escudo fiscal» para o marido, Iñaki Urdangarín. À semelhança dos restantes membros da família real, a filha dos reis de Espanha goza do estatuto de «buraco negro» nas Finanças, ficando isenta de inspeções tributárias.
Foi por esta razão que a infanta se tornou proprietária da Aizoon, de forma a proteger a empresa de eventuais inspeções fiscais, uma vez que o objetivo era esvaziar os cofres do Instituto Nóos (sem fins lucrativos), através da emissão de faturas falsas e do desvio de milhares de euros de fundos públicos.
Segundo o «El Mundo», a prova de que existe este «buraco negro», que deixa algumas figuras à margem de escrutínio, é que a infanta Cristina aumentou para 13 o número de imóveis de que é proprietária sem nunca ser chamada para dar explicações, como aconteceria com qualquer outro contribuinte.