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Internacional
Redação Lux em 30 de Agosto de 2012 às 12:11
Paralímpicos2012: «Big Bang» e viagem pela ciência abriram Jogos
O estádio olímpico de Stratford Londres viveu na quarta-feira um «big bang» de apelo à curiosidade, e «viajou» pela ciência, durante a cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos Londres2012, marcada pela presença do cientista Stephen Hawking.

Miranda, personagem inspirada na peça «A Tempestade», de William Shakespeare, foi a «anfitriã» do espetáculo que deu início à 14.ª edição dos Jogos Paralímpicos, depois de ter entrado em cena após um «big bang», ao som de Umbrella, de Rihana.

No centro do estádio, e no topo de um olho gigante aberto por uma «explosão» que recriou a teoria do «big bang», Miranda foi encorajada pelo cientista britânico Stephen Hawking, autor do livro «Uma breve história do tempo», a ser curiosa e a questionar-se sobre a forma como tudo está ordenado.

Num palco colocado num dos topos, Hawking, que sofre de esclerose lateral amiotrófica, pediu a todos para olharem «para as estrelas e menos para os pés».

«Vivemos num universo governado por leis que podemos descobrir e perceber. Tenta perceber o que vês e questiona-te sobre o que faz o universo existir», pediu Hawking, que usa um sintetizador de voz, a Miranda e aos 80.000 espetadores presentes.

O estádio «levantou-se» para a entrada da Rainha Isabel II, que se juntou a outros elementos da família real britânica, e pouco depois, à semelhança do que havia feito nos Jogos Olímpicos, declarou aberta a competição, que vai durar até 09 de setembro.

Com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho na bancada, e num desfile «fechado» sob fortes aplausos pela equipa da casa e ao som de «Heroes» de David Bowie, a missão lusa, com a atleta Inês Fernandes como porta-estandarte, foi uma das 166 a desfilar na pista do estádio.

O regresso dos Paralímpicos ao «berço» onde nasceram em 1946 - numa competição que juntou em Stoke Mandeville veteranos da II Guerra Mundial -, foi lembrado durante a cerimónia, idealizada por Bradley Hemmings.

Miranda voltou à cena, para ouvir de novo a voz de Hawking, lembrar-lhe que «o grande inimigo do conhecimento não é a ignorância, mas sim a sim a ilusão de que se tem conhecimento».

Enquanto Miranda viajava rumo ao conhecimento num chapéu-de-chuva virado ao contrário, as bancadas do estádio iam sendo «salpicadas» com frases da Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Como que transportada ao século XVII, Miranda teve mais uma prova de que a curiosidade pode «mover» o mundo, ao reviver a célebre queda da maçã que levou o cientista Isaac Newton a estudar a gravitação universal.

Convidou depois todos a morderem uma maçã, distribuída à entrada, multiplicando por 80.000 o habitual som de uma «trincadela».

Com uma réplica gigante da estátua amputada Alison Lapper Grávida, de Marc Quinn no palco, a chama paralímpica chegou «do céu», pela mão do jovem atleta Joe Townsend, numa altura em que Miranda já tinha «regressado» ao século XXI e visto um grupo de manifestantes pedirem que se olhe além do óbvio.

A pira, formada por pétalas com o nome de cada um dos países participantes, que no final serão levadas por cada uma das missões participantes, foi acesa por Margaret Maughan, a primeira britânica a conquistar uma medalha de ouro.

O espetáculo, que contou com mais de 3.000 figurantes, que marca o início de outro espetáculo, o da competição, terminou com o estádio em festa ao som de uma música intitulada «Sou o que sou».

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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