Várias mensagens agora divulgadas pelo jornal Los Angeles Times revelam que Michael Jackson apresentava grande fragilidade psicológica nas vésperas da sua morte, ocorrida a 25 de junho de 2009.
O jornal americano teve acesso a 250 páginas de mensagens de email que mostram que várias pessoas implicadas na organização da tournée tinham dúvidas sobre a estabilidade de Michael Jackson.
«MJ está trancado no quarto, bêbado e deprimido. Estou a tentando fazer com que se acalme (...) Está completamente perdido e paralisado, odeia-se, está bloqueado pelas dúvidas, logo agora que precisa começar o espetáculo», escreveu Randy Phillips, diretor da AEG Live.
As mensagens divulgadas contrapõem as informações da AEG Live de que Jackson estava bem de saúde durante a prepração da tournée.
Ainda segundo o Los Angeles Times, quanto mais «frágil» Michael Jackson se apresentava mais aumentava a pressão dos produtores da tournée.
O diretor do espetáculo, Kenny Ortega, terá, segundo o jornal, advertido Phillips: Michael «dá grandes sinais de paranoia, ansiedade e comportamento obsessivo», pedindo um exame psiquiátrico ao cantor.
Estas revelações deverão ter consequências sobre dois processos contra a AEG. Um foi aberto pelos herdeiros de Michael Jackson, que acusam a empresa de ter feito uma enorme pressão sobre o cantor, apesar dos sinais de fragilidade emocional e física que apresentava. Um segundo foi instaurado pela companhia de seguros da AEG, a Lloyd`s of London, que tenta anular o pagamento de uma indemnização à AEG.