A infanta Cristina volta agora ao centro do processo conhecido como Nóos.
A filha do rei Juan Carlos, está a ser investigada, a pedido do juiz José Castro, para se saber se terá vendido vários imóveis sem o declarar, como alega a Agência Tributária.
Segundo a Agência Tributária, tratam-se de 12 operações de venda que terão gerado lucros de 1,4 milhões de euros à infanta Cristina não declarados.
A Agência Tributária entregou ao juiz um relatório em que dava conta da venda de sete imóveis em 2005 e cinco em 2006, supostamente propriedade da infanta.
O processo Nóos envolve o marido da infanta Cristina, Iñaki Urdangarin, suspeito de ter desviado vários milhões de euros de fundos públicos através do Nóos, uma sociedade de patrocínios à qual presidiu entre 2004 e 2006.
A infanta Cristina, através da Casa Real, negou estar envolvida nestas operações considerando que a informação pode ser «um erro».
A imprensa espanhola especula que o problema se pode dever a um erro humano relacionado com o facto de a infanta Cristina, como outros membros da Casa Real, ter um bilhete de identidade com apenas dois dígitos.
O jornal El Dia de Valladolid noticiou no final de abril, por exemplo, que a infanta Elena - irmã de Cristina - foi multada erradamente há apenas dois meses por conduzir um trator sem seguro.