PUB
PUB
Internacional
Papa beatifica 63 católicos, canonizações a 12 de maio
Papa Francisco no Domingo de Ramos (Reuters)
Redação Lux em 28 de Março de 2013 às 18:52
O papa aprovou hoje as beatificações de 63 católicos, na maioria vítimas da guerra civil espanhola, do nazismo e do comunismo, anunciou o Vaticano.

Pela primeira vez desde que é papa, Jorge Bergoglio autorizou a Congregação para a Causa dos Santos a promulgar os decretos que, no futuro, vão possibilitar as beatificações.

A análise da vida e morte virtuosas destes futuros benfeitores foi lançada anos antes da eleição de 13 de março.

Entre os futuros beatificados, conta-se Vladimir Ghika (1873-1854), príncipe romeno ortodoxo que se converteu ao catolicismo e trabalhou nomeadamente ao serviço da diplomacia de Pio XI, depois de vários anos passados em Paris.

Regressou à Roménia durante a Segunda Guerra Mundial para ajudar os refugiados polacos que fugiram da invasão nazi. Em 1952, foi detido pela polícia comunista.

O italiano Rolando Rivi (1931-1945) também vai ser beatificado. Foi morto por comunistas aos 14 anos, três anos depois de ter entrado no seminário.

O compatriota dominicano Giuseppe Girotti (1905-1945) foi morto no campo de concentração de Dachau (Alemanha). Em 1995, foi reconhecido como "Justo entre as nações" pela ação a favor dos judeus.

A maior parte dos mártires reconhecidos por Francisco foram mortos "por ódio à fé" na guerra civil de Espanha (1936-1939).

Francisco autorizou a próxima beatificação de Regina Christine Wilhelmine Bonzel (1830-1905), fundadora das Franciscanas da Adoração Perpétua, em Olpe (Alemanha), ao reconhecer um milagre atribuído à sua intervenção.

A 12 de maio, o papa argentino vai celebrar na basílica de São Pedro as primeiras canonizações do pontificado. Estas foram aprovadas a 11 de fevereiro por Bento XVI, por ocasião do consistório em que anunciou a resignação.

Os futuros santos são Antonio Primaldo e 800 companheiros mártires italianos, assassinados pelas forças otomanas em 1480, em Otrante, por não terem renegado a fé. Estas canonizações podem aumentar a tensão nas relações já difíceis entre Cristianismo e Islão.

Os outros são a colombiana Laura de Santa Catalina de Siena Montoya y Upegui e a mexicana Maria Guadalupe Garcia Zavala, duas religiosas fundadoras de ordens religiosas nos seus países.

O papa reconheceu também as "virtudes heroicas", primeiro passo para a santidade, do padre mexicano Mosè Lira Serafin, fundador da Congregação dos Missionários da Caridade de Maria Imaculada.

Francisco autorizou a Congregação para a Causa dos Santos a promulgar o decreto que reconhece as "virtudes heroicas" - o que implica que, a partir de agora, Mosè Lira Serafin, tenha o título de "venerável" -, na audiência concedida na quarta-feira ao prefeito da congregação, Angelo Amato.

Mosè Lira Serafin, sacerdote dos Missionários do Espírito Santo, nasceu em Tlatempa (México) a 16 de setembro de 1893 e morreu na Cidade do México a 25 de junho de 1950.

O caminho para a condição de santo tem três etapas: o primeiro é "venerável servo de Deus", o segundo "beato" e o terceiro "santo".

"Venerável servo de Deus" é o título atribuído a uma pessoa morta, à qual se reconhece ter vivido as virtudes de maneira heroica.

Para que um "venerável" seja beatificado é necessário o reconhecimento de um milagre por sua intercessão e para que seja canonizado ("santo") é necessário um segundo milagre. Esse segundo milagre deve ocorrer já depois de ter sido proclamado beato.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção