O segundo dia da 39ª edição da ModaLisboa terminou, no Pátio da Galé, com a coleção "gráfica, elegante e intemporal" do designer de moda Luís Buchinho para a primavera do próximo ano.

Para criar as peças para a estação quente do próximo ano, Luís Buchinho inspirou-se, de acordo com o próprio, "nos elementos da linguagem moderna da arquitetura".

Nesta coleção "forte, cosmopolita, gráfica, elegante, feminina e intemporal", destacaram-se os plissados e as linhas retas. Luís Buchinho optou por materiais como a viscose, o 'chiffon' e o cetim de seda, em cores como o coral, o rosa e o preto, com detalhes de brilho como o cobre e o aço e tons terra.

O dia começou no Mude - Museu do Design e da Moda -, com a apresentação de Janis Dellarte, pseudónimo de Maria Ana Duarte Silva, uma estreante na ModaLisboa.

Esta estudante de mestrado em 'Knitwear' ('Malhas') do Royal College of Art, em Londres, trabalha sobre conceitos como a deformação e mutabilidade, procurando materializar, em peças de vestuário, as ideias de degeneração e deformabilidade, que se manifestam na fusão entre acessório e roupa.

Pelas 19:30, a passerelle do Pátio da Galé era estreada por Alexandra Moura. Na coleção desta designer de moda para a Primavera do próximo ano, para mulher e para homem, destacou-se a ganga, as transparências brancas e os folhos.

As silhuetas são desenhadas com linhas rectas e simples e adornadas com detalhes mais volumosos e românticos.

Também na coleção de Pedro Pedro, que mistura modernidade e romantismo, a ganga esteve em destaque.

De acordo com o designer de moda, "as linhas inspiradoras [desta coleção] recuam aos anos 1970 e 80".

Além de peças com cores lisas, Pedro Pedro recorreu também a estampagens "gráficas e geometrizantes". Nesta coleção é preciso destacar a importância dos colchetes, usados como botões, mas também para adornar os tecidos.

A dupla 'Os Burgueses', composta por Mia e Pedro Eleutério, inspirou-se no rei Dom Sebastião I, visível em camisolas que remetem para armaduras.

As silhuetas, tanto para ele como para ela, são justas, e os tecidos, como o algodão, a sarja e as malhas, surgem em cores fluorescentes (verde e laranja), preto e branco sujo.

LUSA