PUB
PUB
Nacional
Gonçalo Franco: «Saber que tenho um dador foi o melhor presente de Natal que recebi!»
Ana Cláudia com o filho Gonçalo Foto: Tiagos Frazão/Lux
Evelise Moutinho em 24 de Novembro de 2012 às 09:32
Duas semanas depois de a Lux ter divulgado a história de Gonçalo Franco, que aos 15 anos luta contra uma aplasia da medula e que necessitava urgentemente de encontrar um dador de medula óssea compatível, o jovem basquetebolista encontrou-o.

«Estávamos no meio de mais uma transfusão de hemoglobina, quando o médico disse: Gonçalo, já temos um dador para ti! Não estava nada à espera e fiquei petrificada a olhar para o médico. Foi uma confusão de sentimentos, porque ainda tinha uma esperança de que ele não precisasse de fazer o transplante, que a medula dele começasse a responder por si. Infelizmente por um lado, porque ele tem de ser transplantado, felizmente por outro, porque há um dador, uma alma caridosa que vai salvar-lhe a vida», contou-nos, visivelmente feliz, a mãe, Ana Cláudia Franco.

Segundo ela, a reação de Gonçalo foi bem mais emotiva: «Uau, foi o melhor presente de Natal que tive!¿, disse-me ele», contou a mãe. Depois de uma sms enviada por Gonçalo a um amigo, a boa nova espalhou-se de imediato nas redes sociais.

«O meu telemóvel ficou entupido de chamadas e mensagens. Nem sei como hei de agradecer a estas pessoas todas que nos têm apoiado e ajudado», desabafou Ana Cláudia Franco. «Esse dia há de chegar», remata.

Nas próximas semanas, Gonçalo vai ser chamado pela Unidade de Transplante e depois de submetido a uma série de exames e tratamentos, receberá a nova medula, o que deve acontecer em meados de dezembro. Apesar do otimismo, Ana Cláudia Franco confessa que Gonçalo está um pouco fragilizado: «Sinceramente, acho que ele está muito apreensivo e um bocadinho assustado. Ele tem 15 anos e a noção de que esta fase que se aproxima vai ser muito dura para ele. Ele já sabe que parte do tratamento a que se vai submeter antes do transplante da nova medula é duro e que já o fez sofrer muito», admite.

Agarrada a esta nova esperança, Ana Cláudia Franco não desiste da luta que iniciou quando soube que o filho estava doente: «É importante que as pessoas continuem a registar-se como dadoras de medula. O Gonçalo encontrou o seu dador, mas continua a precisar de sangue. E há também muitas outras crianças e adolescentes à espera de um dador: registem-se como dadores de medula, por favor!»
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção