A eurodeputada comunista Inês Zuber prestou condolências à família de Miguel Portas e ao Bloco de Esquerda, lembrando que o deputado fazia parte de uma família política europeia que continuará a trabalhar por uma Europa diferente.

«Tivemos agora a notícia da morte do deputado Miguel Portas. Enquanto deputada europeia, e em nome do PCP, envio condolências à família e ao Bloco de Esquerda, por ter perdido um seu membro», disse, em declarações à agência Lusa na terça-feira.

Inês Zuber não teve oportunidade de trabalhar muito de perto com Miguel Portas, dado ter assumido funções apenas em janeiro passado (substituindo a eurodeputada Ilda Figueiredo a meio da legislatura), mas recordou que o eurodeputado bloquista era membro do Grupo de Esquerda Unitária, ao qual pertencem PCP e BE.

«Era membro do nosso Grupo, e tenho a convicção de que o trabalho por uma Europa diferente e alternativa vai continuar», disse.

Miguel Portas faleceu na terça-feira por volta das 18:00 no Hospital ZNA Middelheim, em Antuérpia, vítima de doença prolongada.

A vida política de Miguel Portas começou cedo, em 1973, quando aderiu à União dos Estudantes Comunistas.

Em 1989 abandonou o PCP e, no mesmo ano, foi cofundador da Plataforma de Esquerda, tendo em 1994 criado a Política XXI, uma das formações políticas que se encontram na origem da criação do Bloco de Esquerda, em 1999, partido do qual se tornou um dos principais rostos.

Em 2004, tornou-se o primeiro deputado a ser eleito pelo Bloco para o Parlamento Europeu, com 4,92 por cento dos votos, e em 2009 foi de novo o cabeça de lista do Bloco, que conseguiu ser o terceiro partido mais votado, à frente de PCP e CDS-PP, elegendo três deputados, com 10,73 por cento dos votos.

Lusa