PUB
PUB
Nacional
Saúde: Apneia do sono afeta crescimento das crianças
Sono dos filhos IOL Mãe
Redação Lux em 19 de Março de 2016 às 09:00

O Dia Mundial do Sono assinalou-se na sexta-feira (18) e os especialistas alertam para o facto de a apneia do sono afectar o crescimento das crianças.

Estima-se que cerca de 3 por cento das crianças sofre de apneia obstrutiva do sono, um distúrbio que está associado a défice de crescimento, problemas comportamentais, complicações cardiovasculares e disfunções neurocognitivas.

“A prevalência poderá ser superior, uma vez que esta doença é frequentemente sub diagnosticada pelos especialistas médicos e os sintomas são desvalorizados pelos pais, o que conduz a um diagnóstico tardio“, alerta Luísa Monteiro, coordenadora da Unidade de Otorrinolaringologia do Hospital Lusíadas Lisboa.

E acrescenta: “Uma criança com apneia obstrutiva do sono apresenta-se, geralmente, magra porque gasta muitas calorias com o esforço respiratório, com olheiras, com adenoides e amígdalas aumentadas, muito irritada ou agitada, pouco concentrada na escola e com comportamentos antissociais na relação com os colegas e amigos. Quase sempre a apneia do sono é acompanhada de roncopatia. Há crianças que mesmo acordadas têm uma respiração muito ruidosa e difícil durante a inspiração”.

Durante o sono podem ocorrer algumas alterações do ritmo respiratório que poderão ser inofensivas ou fisiológicas. No entanto, quando ocorre um período de ausência de inspiração de alguns segundos, ou quando “falha” mais que um ciclo respiratório de acordo com o ritmo que se estava a verificar, isto corresponde a uma apneia.

“A criança com apneia obstrutiva do sono tem geralmente um sono agitado, com microdespertares, procurando uma posição mais cómoda, baba a cama, tem aumento da transpiração e muito raramente pode voltar a “molhar” a cama. Durante os períodos de apneia, a concentração do oxigénio no sangue pode baixar significativamente e o valor de dióxido carbono retido pode aumentar”, explica Luísa Monteiro.

A remoção das amígdalas e dos adenoides tem uma taxa de cura desta doença, em média, entre os 75 e 100 por cento.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção