PUB
PUB
Nacional
Novo disco de Mariza reúne as músicas obrigatórias nos concertos
Mariza na apresentação da novela «Mulheres»
Redação Lux em 12 de Abril de 2014 às 13:42
Mariza afirmou ter reunido no novo disco, «Best of», as músicas que «as pessoas não querem deixar de ouvir» e que se tornam «obrigatórias» nos seus concertos, às quais juntou um inédito e dois temas que recriou.

Segunda-feira, o «Best of de Mariza» é publicado em duas versões: um CD com 20 temas e um duplo CD que inclui mais um disco, com os 12 temas escolhidos pelo público, através da Internet.

Do CD com 20 temas, «17 são aqueles que, nos concertos, não posso deixar de cantar, eles têm de lá estar senão as pessoas ficam tristes», disse Mariza à Lusa. «É o caso de «Cavaleiro monge», «Meu fado meu», «Rosa Branca», «Ó gente da minha terra» ou «Chuva», que são aqueles que já estão à espera que os cante», prosseguiu.

Este CD inclui ainda o inédito «O tempo não para», e duas versões, designadamente, de Alberto Janes, «É ou não é», e de Charles Chaplin, «Smile», do repertório de Nat King Cole.

Sobre o balanço de uma carreira com 13 anos, em que foi distinguida com vários galardões internacionais, Mariza disse à Lusa que «foi muito intensa e passou muito depressa».

«Parece que aconteceu ontem, foi muito intenso e, se não tivesse sido obrigada a parar, continuaria com aquele ritmo louco de 120 a 130 concertos por ano, e nem este CD teria acontecido», afirmou.

Sobre o CD «Best of», a artista disse refletir que, «ao longo destes treze anos, há músicas que as pessoas não querem deixar de ouvir».

«Há músicas que fazem parte do meu percurso musical e faz sentido estarem todas juntas num disco só e não separadas, até porque, em cada um dos álbuns que fiz, as pessoas têm as suas favoritas», disse

Referindo-se ao único tema inédito desta coletânea, «O tempo não para», a fadista afirmou que «é um pouco uma reflexão de vida».

«É um tema que me foi oferecido pelo Miguel Gameiro e, quando o ouvi, era a mensagem que me faltava cantar e que neste momento faz todo o sentido. Depois de ter tido o meu filho, percebi que a minha família ficava com os restos do tempo que tinha para dar e, neste momento, quero dar mais tempo à minha família. A música não deixou de ser importante, mas a família está em primeiro lugar», sublinhou a criadora de «Caravelas».

Sobre a escolha de «É ou não é», do repertório de Amália Rodrigues (1920-1999), que desde o primeiro álbum a fadista revisita, Mariza afirmou que «habitualmente cantarolava» o tema e então pensou em gravá-lo, apesar de «não ser fácil de cantar».

Gravar um tema de Alberto Janes era uma vontade antiga de Mariza, e teve o espólio do compositor à disposição, por intermédio do neto, mas não se identificou com nenhum dos originais que viu, apesar de bons.

«A Amália tinha um dedo para escolher, e dele escolheu tudo muito bom», disse.

«Eu gosto muito do legado que Amália nos deixou, acho que nos deixou um legado muito inteligente e muito bom, para ser reaproveitado e reinterpretado, e ninguém o cantará como Amália, ela é única, e nem eu tenho essa pretensão. Ela apropriou-se dos temas com a sua voz, mas temos de nos lembrar dos autores e dos compositores que não podem ser esquecidos, e há que reviver esses temas, e sentir esses temas, mas cantados de forma diferente».

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção