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Cristiano Ronaldo: «O mais importante são os troféus colectivos»
Cristiano Ronaldo Foto: Francisco Paraíso/FPF
Redação Lux  com AM com Lusa em 19 de Dezembro de 2012 às 15:33
Com o aproximar da eleição do melhor jogador do Mundo da FIFA, a 7 de janeiro, e em que concorre com Lionel Messi e Andres Iniesta, Cristiano Ronaldo falou sobre o troféu que já ganhou em 2008, na primeira parte de uma entrevista à Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

«O que ficar decidido ficará, se calhar vou ficar muito contente, se calhar vou ficar triste, mas é a lei da vida, não posso viver consoante um prémio individual», disse, prometendo viver tranquilo, a fazer o que sabe.

O internacional luso disse ainda que seria «hipócrita» ou «mentiroso» se dissesse que o troféu era algo que não ambicionava, mas reiterou que independentemente do resultado continuará a ser o mesmo.

Falando sobre a seleção, Cristiano Ronaldo considerou também falta «um troféu importante» a Portugal e que estava «na hora» de acontecer.

«O mais importante é o coletivo, o que a seleção de Portugal deve ganhar, porque já está na hora, pelo que nos últimos anos temos feito e temos jogado. Tem-nos faltado um troféu importante», disse o jogador.

Cristiano Ronaldo falava dos recordes individuais, os quais acredita alcançar mais tarde ou mais cedo, mas reiterou que o mais importante passaria por uma conquista maior da seleção portuguesa de futebol, lembrando que já esteve perto.

«Sei que é uma tarefa muito complicada, mas já estivemos muito perto, duas ou três vezes, de conseguir algo muito importante. Se virmos a última competição importante, fomos batidos nos penáltis pela seleção espanhola [meias-finais do Euro2012]», referiu.

O extremo do Real Madrid justificou ainda que tem faltado«um pouco de sorte» e quando analisa a qualificação da seleção para o Mundial2014 no Brasil opta por lembrar que as dificuldades em apuramentos têm feito parte da história.

«Se virmos os anos anteriores, Portugal na fase de qualificação sempre teve grandes dificuldades, não é só de agora, mas nos últimos dez anos, e acho que vai passar basicamente pela mesma coisa, mas tenho esperança que o próximo ano vai ser muito bom», afirmou.

O jogador entende, no entanto, que há cada vez «menor margem para erro» e que Portugal «não pode perder mais pontos» se quiser estar no Mundial do Brasil, embora acredite que a equipa irá ultrapassar a fase menos boa que teve.

Portugal é terceiro classificado no grupo F de qualificação, atrás da Rússia (12 pontos) e de Israel, com os mesmos sete pontos, e depois de ter perdido pontos nos últimos jogos: derrota na Rússia (1-0) e empate em casa com a Irlanda do Norte (1-1).

Na seleção o jogador tem batido recordes e foi o terceiro da história [depois de Luís Figo e Fernando Couto] a chegar à marca das 100 internacionalizações, em 16 de outubro de 2012, nove anos depois de se ter estreado pela equipa das «quinas».

«Ir à seleção é o auge, para mim é um privilégio, não é por acaso que cheguei há pouco tempo às 100 internacionalizações. Na história só há dois jogadores que o conseguiram, para mim, com apenas 27 anos, conseguir essa marca foi algo único», referiu.

Cristiano Ronaldo recordou também a estreia, a 20 de agosto de 2003, em Chaves, frente ao Cazaquistão, quando Luiz Felipe Scolari era o selecionador e o colocou em campo aos 68 minutos, para o lugar de Luís Figo.

«Estava nervoso, muito nervoso, tinha o número 16. Estava no banco e estava com a esperança de que me podia estrear e foi o que aconteceu», revelou o futebolista à FPF, lembrando o momento em que Scolari o mandou aquecer.

Veja o vídeo:

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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