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Nacional
Busto do fadista Fernando Maurício é inaugurado domingo em Lisboa
Fernando Maurício Foto: DR
Redação Lux  com AA em 19 de Julho de 2014 às 12:43
O fadista Fernando Maurício, criador de «Boa noite, solidão», falecido há 11 anos, é homenageado no domingo, em Lisboa, com a inauguração de um busto no bairro da Mouraria, onde nasceu e viveu.

A iniciativa é da junta de freguesia local e está marcada para as 12:00 de domingo, com a inauguração, na rua da Guia, do busto do fadista, em bronze, da autoria do escultor José Carlos Almeida.

Na ocasião, à qual assiste a filha do fadista, Cláudia Maurício, o intérprete Jaime Dias, que conviveu com o homenageado, interpretará dois fados do seu repertório, «Nasci na Mouraria» e «Igreja de St.º Estêvão», noticia a «Lusa».

Recorde-se que, na Mouraria, num edifício na rua do Capelão, uma placa, inaugurada por Amália Rodrigues em 1989, assinala o local onde o fadista nasceu.

A homenagem a Fernando Maurício, que foi apelidado em vida como «rei do fado», prossegue às 18:00, na rua da Mouraria, nas traseiras da capela de Nossa Senhora da Saúde, com a atuação de um elenco fadistas que inclui Jaime Dias, Conceição Ribeiro, Pedro Galveias, Filipa Cardoso, Diogo Rocha, Ana Marta, Artur Batalha, Ana Maurício, Luís Matos e Vitor Miranda, acompanhado à guitarra portuguesa por Eurico Machado e, à viola, por Ivan Cardoso.

Fernando Maurício, morreu aos 69 anos, em julho de 2003, e foi uma «figura incontornável» do meio fadista, como disse à Lusa Luís de Castro, da Associação Portuguesa Amigos do Fado (APAF).

«Podendo ter sido senhor de uma extraordinária carreira, pelos seus dotes e aptidões interpretativas, até certo ponto descurou-a, pois não era vaidoso ou materialista», disse Luís de Castro, seu amigo de infância.

«Foi uma opção do Fernando. Uma opção pela boémia e pela genuinidade fadista», disse à Lusa a fadista Maria Amélia Proença, que várias vezes partilhou o palco com Maurício.

«O fado é o meu bairro», disse Fernando Maurício numa entrevista à Lusa. Fernando Maurício começou a cantar aos 13 anos, depois de ter ficado classificado em 3.º lugar no concurso «João Maria dos Anjos».

Entre os prémios que recebeu contam-se os de Imprensa (1967), Prestígio e Carreira da Casa da Imprensa (1985 e 1986). Em 2001, foi feito sócio de Mérito da APAF, e recebeu a Medalha da Cidade e a comenda de Bem-Fazer pela Presidência da República.

Hoje à noite, a partir das 21:00, no jardim das Amoreiras, em Lisboa, a junta de Freguesia de Santo António tem prevista a exibição do documentário «Rei sem coroa», de Diogo Varela Silva, sobre a vida de Fernando Maurício, no âmbito do ciclo Cinema ao Ar Livre.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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