No dia do 13.º aniversário de Dinis, Bárbara Guimarães não esteve no Campus de Justiça, onde decorreu mais uma sessão do julgamento que a opõe a Manuel Maria Carrilho.
A apresentadora da SIC quis passar a manhã com o filho mais velho e, à tarde, foi a vez do antigo ministro da Cultura se ausentar do tribunal para estar com Dinis.
No dia seguinte, Joana Lemos foi ouvida como testemunha de Bárbara Guimarães, no processo em que a apresentadora da SIC acusa o ex-marido, Manuel Maria Carrilho, de agressões, injúrias e invasão de propriedade. A antiga piloto de automóveis não deixou margem para dúvidas sobre os efeitos que o período antes e após o divórcio teve na amiga. Sobretudo na sua saúde.
“Já fui duas vezes ao hospital com a Bárbara. Uma perto de Milão e outra no Hospital da Luz. Numa das vezes teve de fazer uma operação ao coração devido ao estado constante de ansiedade em que vive”, disse, recordando a viagem que fez a Itália com Bárbara, em setembro do ano passado, durante a qual a apresentadora teve um ataque de pânico e ficou com o ritmo cardíaco excessivamente elevado. Joana Lemos disse ainda que, na altura, a apresentadora, de 43 anos, foi aconselhada a fazer uma intervenção cirúrgica em Itália, mas acabou por optar fazê-la já em Lisboa.
“Fez uma intervenção cirúrgica ao coração. Um cateterismo. Ouvi o médico cá, o cardiologista Francisco Pereira da Silva, dizer que estes comportamentos eram comuns em pessoas que tinha ataques de pânico e ansiedade contínuos e que podia acabar por provocar lesões mais graves.”
Revoltada por ver que a amiga, com quem estreitou a relação após o divórcio, “vive com medo” e “está cada vez mais apática”, Joana Lemos contou que, há cerca de um ano e meio, mediou a possível contratação de Bárbara Guimarães pelo BPI, mas que “a instituição financeira não se quis associar a uma pessoa que está com esta imagem.”
No mesmo dia, Rute Galante, amiga de infância da estrela da SIC, contou que as entregas dos filhos do ex-casal nunca eram pacíficas e que eram marcadas pelo “olhar muito violento” do arguido.
“Vinham sempre muito transtornados e nervosos da casa do pai. Enquanto os meninos subiam para casa, dizia, entre dentes: ‘Estão entregues à puta e à vaca’”, recordou, acrescentando que ouviu Dinis dizer à mãe:
“És uma puta, és uma vaca! O meu pai fala a verdade e diz que a mãe é puta e vaca.”
O depoimento de Fernanda Lamelas, testemunha da assistente, no processo em que acusa o ex-ministro da Cultura de violência doméstica, recuou até outubro de 2014, quando Bárbara mudou a fechadura de casa, impedindo a entrada de Carrilho e lhe disse:
“Ele é mau, ele é muito mau!” E contou: “Fizemos uma sessão fotográfica e ela mostrou-me as nódoas negras. Disse: ‘Antes de se ir embora ele deu-me uma tareia!’. Eram marcas visíveis. (...) Ela dizia que depois dos acessos de fúria ele se ajoelhava e pedia perdão.”
Sobre os motivos que levariam o antigo professor a denegrir a imagem da ex-mulher, a relações públicas avançou, sem hesitar:
“Trata-se de destruir a Bárbara, de vingança! A preocupação é destruir a Bárbara mesmo que os filhos sejam a arma de arremesso para esse efeito”, concluiu, recordando o dia em que a amiga lhe contou que tinha sido ameaçada com uma faca pelo ex-marido:
“Ela disse-me que tinha havido uma discussão violenta e que ele lhe disse: “Eu mato-te e mato-me!”