José Cid tem 73 anos e uma energia contagiante que não deixa ninguém indiferente. Foi isso a que se assistiu, mais uma vez, no Campo Pequeno, em Lisboa, durante o concerto “José Cid & Big Band”, onde o músico cantou vários temas do seu mais recenteálbum e revisitou alguns dos maiores êxitos da sua já longa carreira. Sucessos que puseramo público todo a cantar e a dançar.

Júlio Isidro, que lançou nos seus programas muitas das músicas mais emblemáticas de José Cid, confessa que não poderia faltar ao espetáculo.

“Estamos na presença do maior showman português da atualidade. Ele é um caso muito especial. É, sem dúvida, dos maiores compositores da música popular portuguesa dos últimos 50 anos. Foi um concerto muito animado, na linha daquilo que é expectável num jovem de 73 anos. Há uma geração que ama tanto aquilo que faz, que quando está debaixo dos holofotes deixa de ter dores nas cervicais e nas ancas, infeções…”, sublinhou o apresentador.

Gabriela Carrascalão, a mulher do cantor, passou uma boa parte do concerto no meio da plateia a fotografar o espetáculo. “Tiro sempre fotografias. Cada fotografia nunca é igual à outra. Estamos a tentar fazer uma coleção de fotografias do Zé para publicarmos mais tarde. Devo ter já 20 e tal mil fotografias”, explicou.

Orgulhosa do trabalho do marido, a jornalista e pintora diz que o sucesso do músico se deve a uma vida regrada. “Ele não fuma, não bebe em excesso, tem cuidado com o que come, descansa e anda bastante”, revelou. 

Cansado mas feliz, depois de quase três horas de concerto, José Cid ainda teve energia para ir ao cocktail. “Eu estava em boa forma vocal. Ontem estive doentíssimo por causa do meu ácido úrico e não esperava estar assim hoje. Mas senti que estava bem para vire a meio da tarde fiquei com a energia certa para fazer o concerto. Vou ter de tratar do ácido úrico, continuar a dormir uma sesta, não engordar muito... Eu sou adicto de doces, sou guloso! Estou pré-diabético, mas consigo controlar. É muito importante gostar de fazer o que faço. O meu projeto de vida é escrever canções”.