Nascido e criado no seio de uma família católica, Manuel Arouca nem sempre teve uma relação próxima com Deus. Bem pelo contrário. Houve mesmo um período em que nem sequer entrava numa igreja.

Tudo mudou em 1997, depois de uma peregrinação a Fátima, como o próprio admite à Lux: ”Tive um momento místico muito forte, uma mudança de vida. Enquanto escritor, surgiu a curiosidade de saber que história era aquela de Fátima.” Foi precisamente nessa altura que surgiu o fascínio por Jacinta, que é, segundo o autor, “a mais carismática dos pastorinhos”.

Agora, 19 anos mais tarde, e quando estamos a pouco mais de um ano do centenário das aparições de 1917, lançou “Jacinta – A Profecia”, com chancela da Oficina do Livro. “Quando comecei a aprofundar o fenómeno de Fátima, apaixonei-me logo pela história da Jacinta. Tive a sorte de conhecer um irmão dela que me contou muitas 
coisas. Este livro é muito sobre a perspetiva humana da Jacinta”, explica.

Na apresentação da obra, no El Corte Inglés, em Lisboa, Manuel Arouca teve o apoio da mulher, Cristina, dos filhos, Diana, de 23 anos, Domingos, de 22, e Carmo, de 16.

“A minha mulher é muito crítica, o que é bom”, diz à Lux o autor, que contou ainda com a presença de vários 
amigos, como a atriz Helena Isabel, que não poupa elogios ao escritor. “É um autor com quem tenho trabalhado em telenovelas, e com quem tenho uma ligação muito forte. É sempre bom trabalhar com ele! O que mais aprecio no Manuel Arouca é a sinceridade, a honestidade e a transparência. Estou muito expectante em rela­ção a este livro, até porque sei que vão fazer uma série tele­visiva com base nele”, revela.