Tony Carreira diz estar "sem medo absolutamente nenhum" das acusações de plágio que lhe foram instauradas.
O cantor revelou à Lusa, na noite em que subiu ao palco do Le Grand Rex, em Paris, com sala esgotada, que não receia que o caso manche um percurso profissional de quase 30 anos.
Acusado de 11 crimes de usurpação e de outros tantos de contrafação, quando a Lusa lhe perguntou se teme ir parar à prisão, a resposta foi imediata: "Se for para a cadeia, então não sei o que poderá acontecer a outros".
O cantor, de 53 anos, alegou que está a ser alvo de chantagem da parte da Companhia Nacional de Música, que apresentou a queixa-crime que deu origem à acusação do Ministério Público, argumentando que a sua defesa vão ser os tribunais.
"O que eu tenho para me defender neste momento [são] os tribunais, porque estou a ser alvo de uma pessoa que me está a chantagear e que começou por me fazer a campanha na qual estou inserido neste momento. Mas claro que a defesa para mim serão os tribunais porque é aí que as pessoas resolvem as coisas, na minha opinião, não é na praça pública", afirmou o cantor que confirmou que lhe foi proposto um acordo da parte do Ministério Público para a suspensão provisória do processo, caso entregasse 15.000 euros a uma instituição de solidariedade e 30.000 euros à editora que apresentou a queixa de plágio.
"Eu estaria pronto a dar esse valor ou até o dobro para uma instituição que me pareça credível e com todo o amor do mundo. Está fora de questão dar um euro para uma pessoa que, na minha opinião, é 'chantageador'", frisou.