Os fadistas Cidália Moreira e Rodrigo são alguns dos distinguidos com Prémio Amália Rodrigues, cujo júri decidiu, nesta sétima edição, «alargar as categorias dos premiados para fora das fronteiras do fado», anunciou hoje a Fundação Amália.
Num comunicado enviado hoje à Lusa, a Fundação refere que o júri que integrou, entre outros, o músico Jorge Fernando, decidiu «alargar as categorias», ao considerar «o legado de Amália transversal e universal, não se deixando prender a géneros ou preconceitos».
Este ano são distinguidas 22 personalidades em 13 categorias, estando agendada a cerimónia de entrega para o dia 30 no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
Algumas das categorias dos prémios distinguem personalidades «dentro do fado» e «fora do fado».
Com o Prémio Revelação são distinguidos «dentro do fado», Micael Gomes (guitarra portuguesa), Bernardo Viana (viola de fado) e Fábia Rebordão (voz); «fora do fado» é distinguido o pianista e compositor Filipe Raposo.
O CD «Os fados e as canções do Alvim», de Fernando Alvim e amigos, é distinguido com Prémio Álbum do Ano «dentro do fado», enquanto que «fora do fado» recebe o CD «Em busca das montanhas azuis», de Fausto Bordalo Dias.
O Prémio de Composição é para Carlos Manuel Proença que já tinha sido distinguido em 2008 com o Prémio Melhor Instrumentista, e o Prémio Letrista para João Monge.
O Prémio Instrumentistas distingue Ângelo Freire (guitarra portuguesa), Diogo Clemente (viola de fado) e Filipe Larsen (viola baixo).
O Prémio Ensaio foi para a obra «A Origem do Fado», de José Alberto Sardinha, enquanto o Prémio Divulgação, entregue este ano pela primeira vez, é para a Rádio Amália.
Desde 2006, a Fundação Amália Rodrigues entrega o Prémio Ensaio e Divulgação que é agora dividido em dois. Rui Vieira Nery, o Museu do Fado e José Manuel Osório foram algumas das personalidades distinguidas em edições anteriores.
O Prémio Produção Discográfica, uma das novidades da edição deste ano, foi para José Mário Branco, que tem produzido os mais recentes álbuns de Camané, fadista já galardoado com o Prémio Melhor Intérprete.
O Prémio Intérprete «dentro do fado» distingue Carminho que em 2005 recebeu o Prémio Amália Revelação, e na área «fora do fado» Rui Veloso, intérprete e compositor com 40 anos de carreira artística.
O Prémio Carreira «dentro do fado» é para Cidália Moreira e Rodrigo, e «fora do fado» para Paulo de Carvalho a celebrar 50 anos de carreira.
Prémio Fusão, outra categoria nova este ano, distingue ex-aequo os pianistas Mário Laginha e Bernardo Sassetti, este falecido em maio passado.
Mísia irá receber o Prémio Divulgação Internacional e Gonçalo Salgueiro o Prémio Tributo a Amália Rodrigues pelo seu álbum «No tempo das cerejas», editado em 2002.
O Prémio Amália Internacional tinha sido entregue nas duas primeiras edições do galardão, em 2005 e 2006, respetivamente a Mariza e Cristina Branco. O Prémio Tributo a Amália é uma novidade assim como o Prémio Prestígio que distingue o guitarrista e compositor António Chainho e o maestro e compositor António Vitorino d¿Almeida.
Além de Jorge Fernando, instrumentista que chegou a acompanhar Amália Rodrigues, o júri deste ano foi ainda formado pelo fadista e radialista José Gonçalez, a compositora e intérprete Amélia Muge, o jornalista e letrista Nuno Miguel Guedes, o guitarrista e compositor Sidónio Pereira e ainda Álvaro Sales Lopes, do Conselho Geral da Fundação Amália Rodrigues, instituída por vontade testamentária da artista, falecida em Lisboa, em 1999.
Lusa