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Nacional
Eduardo Beauté e Luís Borges vão adotar mais um rapaz
Eduardo Beauté e Luís Borges com os filhos Foto: DR
Redação Lux  com CSS em 22 de Janeiro de 2015 às 10:30
Eduardo Beauté e Luís Borges vão acolher mais um rapaz. O cabeleireiro e o manequim preparam-se assim para dar um irmão a Lurdes, que acaba de completar 3 anos, e Bernardo, que vai fazer 5.

«Vem aí o Eduardo, que nasceu no passado dia 4 de novembro. Vai fazer 3 meses. O Eduardo nasceu na Instituição na qual fui buscar a Lu. Ligaram-me no dia em que ele nasceu a dizer que tinha nascido uma rapazinho lindo e como forma de me mostrarem o quanto estavam agradecidos pela vida e saúde da Lurdes, iriam batizá-lo como o meu nome. Fiquei emocionado. Passou-se uma semana, ligaram-me novamente: o pequeno Eduardo tinha sido internado com graves problemas de saúde e não sabiam como seria a sua vida dali para a frente. Depois do choque, recompus-me e pedi que me deixassem apadrinhá-lo. Consegui, graças a Deus, cuidar deste bebé de longe e poder de alguma forma contribuir para a sua vida. Passaram-se 3 semanas e o pequeno Eduardo voltou para a Aldeia (Instituição). O Líder ligou-me novamente e disse-me que o menino estava estável e que esperava agora que ele tivesse a mesma sorte que a Lu, já que iria ficar ali com eles até aparecer alguém que o quisesse, adotasse e enchesse de amor. Não hesitei e no mesmo segundo respondi: 'O Eduardo já tem a mesma sorte que a Lu e o Bernardo, porque nós queremos adotar o Eduardo!'. E assim estamos: à espera de o poder trazer», pode ler-se no Facebook do cabeleireiro.

Também na sua página, Eduardo Beauté mostrou-se «triste e indignado» por ainda se debater, na Assembleia da República, a adoção por parte de pessoas do mesmo sexo.

«Pelos vistos, na nossa Assembleia todos têm famílias ditas 'normais' e são todos amados e amam pessoas do sexo oposto. Ainda vou mais longe... Pelos vistos, quem manda nas nossas leis, quem faz com que o nosso país progrida e se desenvolva, não tem o amor como algo que acontece entre seres de uma mesma espécie, independente de sexo, cor, escolhas, orientações. Que país é este em que eu vivo e trago os meus filhos para viver? (...) Que país é este no qual os meus filhos não podem ter o meu nome? Que país é este no qual eu não posso ser um pai? (...) Gostaria e juro por Deus que faço questão que me expliquem o que é que a minha família tem a menos do que uma família onde os pais são heterossexuais? Como se diferencia o amor? Sim, porque não estamos a falar das possibilidades materiais, estamos a discutir amos. Enfim... O meu sonho: que os meus 3 filhos sejam felizes e com muita saúde sempre... e que um dia, no meu país que eu tanto amo, possam assinar», sublinhou o cabeleireiro.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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