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Nacional
«Fado Antigo» junta fadistas em concerto no CCB
Maria da Fé - Gala do Fado no Coliseu dos Recreios Fotos: Tiago Frazão / Lux
Redação Lux em 5 de Maio de 2013 às 12:08
Os fadistas Maria da Fé, Beatriz da Conceição, Vicente da Câmara e Artur Batalha atuam na próxima sexta-feira, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, no âmbito do protocolo firmado o ano passado com o Museu do Fado.

O espetáculo, integrado no ciclo «Há fado no cais», intitula-se «Fado Antigo» e «reúne quatro testemunhos de uma geração marcante da história do fado», afirma o Museu do Fado.

Referindo-se aos quatro fadistas, o Museu atesta que, «das casas de fado aos grandes palcos do mundo, da aristocracia aos bairros populares de Lisboa, neles se juntam o tempo, a alma e o encanto da canção de Lisboa».

No palco do grande auditório do CCB, os fadistas serão acompanhados por Paulo Parreira, na guitarra portuguesa, Marco Oliveira, na viola, e Joel Pina, na viola baixo.

Vicente da Câmara, criador de «A moda das tranças pretas», canta há mais de 60 anos, e recebeu em 2009 o Prémio Amália Carreira.

Maria da Fé, natural do Porto, é criadora de êxitos como «Cantarei até que a voz me doa», «Valeu a pena», «Obrigado», «Fado errado» ou «Divino fado», e recebeu o Prémio Amália para a Melhor Intérprete, em 2006.

Segundo o Museu, o seu «contributo foi decisivo para a internacionalização do fado», e salienta ter integrado o núcleo fundador, com José Luís Gordo e António Melo Correia, da casa de fados Sr. Vinho, «hoje importante espaço cultural de Lisboa».

Beatriz da Conceição, também natural do Porto, interpretou êxitos como «Lisboa da cor da ponte», «Mini fado», «Se tardas, amor não venhas» ou «Fado para esta noite». Em 2008 foi distinguida com o Prémio Amália Carreira, quando completou 50 anos de vida artística.

Artur Batalha, que já foi apelidado pela crítica fadista como «príncipe do fado» e recentemente gravou com Mariza o fado Sérgio, com o tema «Juro», é, segundo o Museu, «um dos mais aclamados intérpretes do fado castiço».

O protocolo assinado entre as duas instituições visa a realização de diversas iniciativas durante este ano, designadamente concertos, cursos e conferências, tendo criado Prémio David Mourão-Ferreira, que será atribuído, a partir do próximo ano, à melhor tese de mestrado sobre Fado e Literatura.

Na próxima semana, no âmbito do ciclo «Há fado no cais», inicia-se na quinta-feira, às 18:30, na sala Luís de Freitas Branco, o projeto «A Cantar e a Contar», uma proposta da fadista e poetisa Aldina Duarte, que visa «explorar a relação privilegiada entre grandes textos da literatura ocidental e a música e o canto», explica o CCB.

A fadista convidou, para participarem, «personalidades, cuja sabedoria, sensibilidade, inteligência e originalidade em áreas da Literatura, Ciência, Filosofia, Religião [que] certamente ajudarão a iluminar e engrandecer estas sessões», escreve o CCB.

O escritor Gonçalo M. Tavares é o primeiro orador que abordará a questão «Camões e a Aventura», enquanto Aldina Duarte interpretará alguns fados.

Alexandre Quintanilha, Pedro Mexia e José Tolentino de Mendonça são os próximos convidados.

Segundo a produtora da fadista, a escritora e crítica literária Helena Vasconcelos «sugerirá os textos e guiará os convidados ao longo de cada sessão. Aldina Duarte fará perguntas intempestivas e cantará o que lhe aprouver».

«Haverá um breve guião preliminar ¿ aprovado por todos os intervenientes - mas cada convidado é livre de escolher o seu caminho, uma vez que é desejável que faça uma leitura muito pessoal, entrelaçando-a com as suas próprias experiências profissional e privada», explica o mesmo comunicado da Sons de Trânsito.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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