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Nacional
BES: Ricardo Salgado afirma «total disponibilidade para colaborar com a justiça»
Ricardo Salgado Foto: Lusa
Redação Lux  com CSS em 25 de Julho de 2014 às 09:20
O ex-presidente do BES, ontem (24) interrogado pelo juiz Carlos Alexandre no decurso do processo Monte Branco, manifestou a sua «total disponibilidade para colaboar com a justiça no apuramento da verdade», como já o fez há dois anos.

«Ricardo Salgado reitera a sua total disponibilidade para colaborar com a justiça no apuramento da verdade, como já o fez, no âmbito do processo, há cerca de dois anos. Ricardo Salgado acredita que a verdade e a justiça acabarão por prevalecer», refere um comunicado do ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) enviado à agência Lusa.

No mesmo comunicado, Ricardo Salgado diz ainda que «confia na objetividade da informação pública divulgada» sobre o caso.

Após ser inquirido pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), Ricardo Salgado ficou em liberdade mediante uma caução de 3 milhões de euros.

Ricardo Salgado foi interrogado durante a manhã e a tarde de ontem (24), na qualidade de arguido, pelo juiz Carlos Alexandre, depois de ter sido detido no âmbito da «Operação Monte Branco», que investiga a maior rede de branqueamento de capitais em Portugal.

Francisco Proença de Carvalho, advogado de Ricardo Salgado, disse à saída do TCIC que o seu constituinte «colaborou com a justiça, prestou a sua visão sobre os factos e assim continuará» e que «agora seguirá para casa, normalmente».

Num comunicado posterior, a Procuradoria-Geral da Republica (PGR) informou que, de acordo com a promoção do Ministério Público, foram aplicadas ao arguido as medidas de coação de «sujeição a caução, no montante de três milhões de euros, proibição de ausência do território nacional e proibição de contactos com determinadas pessoas».

Segundo a PGR, está em causa a «eventual prática de crimes de burla, abuso de confiança, falsificação e branqueamento de capitais».

A PGR esclarece ainda que, no âmbito do processo Monte Branco, «foram identificados movimentos financeiros» que, numa primeira fase, levaram à inquirição como testemunha de Ricardo Salgado.

«Após essa audição prosseguiram diligências de investigação com a cooperação da Autoridade Tributária e Aduaneira, designadamente com a obtenção de elementos de prova por via da cooperação judiciária internacional, tendo sido recolhidos novos indícios que justificaram um conjunto de diligências de busca que, ontem [quarta-feira], foram levadas a cabo», explica o comunicado.

A detenção de Ricardo Salgado aconteceu na sequência de buscas efetuadas na quarta-feira a várias entidades do Grupo Espírito Santo.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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