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Nacional
Nuno Santos vai processar Luís Marinho e Luís Castro
Nuno Santos - Lançamento de «O que dizem os teus olhos» Foto: Ricardo Santos/Lux
Redação Lux em 19 de Dezembro de 2012 às 15:12
O ex-diretor de informação da RTP Nuno Santos disse hoje que vai processar Luís Marinho e Luís Castro, autores de "difamações" produzidas no Parlamento sobre o caso envolvendo a empresa pública e a PSP.

"Dei instruções aos meus advogados para processar os autores das difamações produzidas no Parlamento", referiu o jornalista no dia em que o ex-subdiretor de informação da RTP, Luís Castro, disse não ter qualquer dúvida de que Nuno Santos autorizou a ida da PSP à estação televisiva para autorizar o visionamento de imagens em bruto da manifestação de 14 de novembro.

Nuno Santos diz que Luís Castro é "um mentiroso, um miserável e uma pessoa desprovida de carácter" e acusa Luís Marinho, diretor-geral de conteúdos da RTP, de ser uma pessoa "sem um pingo de credibilidade que tentou, como seria evidente, tirar o assunto do terreno político que é onde ele está".

Luís Castro justificou perante os deputados ter concordado na cedência do seu gabinete para a visualização de imagens por parte da PSP por uma questão de "recato", mas disse sempre que não queria a polícia "a mexer no seu computador", pelo que requisitou um aparelho próprio (laptop) para visionamento das referidas imagens.

"Podia ter questionado o Diretor de Informação, mas não o fiz. Durante os 20 meses que fiz parte desta Direção de Informação, nunca [Nuno Santos] me deu qualquer motivo para questionar tomadas de decisão. Tomei como legitima a decisão comunicada pelo Diretor de Informação", clarificou aos deputados, referindo ainda considerar que "está por apurar que o visionamento daquelas imagens seja ilegal".

Luís Castro disse também ter-se feito acompanhar, nesta audição, de várias provas "que estarão disponíveis" para os deputados, entre as quais uma cronologia de 9 páginas dos acontecimentos entregue na entidade reguladora e no inquérito da RTP e 27 SMS certificados em cartório.

Na terça-feira, Luís Marinho rejeitou a acusação de Nuno Santos de que foi alvo de "saneamento político", lembrando que o ex-diretor de Informação garantiu à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) não lhe terem pedido a demissão.

Luís Marinho garantiu que nunca lhe foi "transmitido que houvesse algum problema ou pressão" do Governo sobre a DI ou "qualquer pressão ao DI pela administração", afirmou em declarações na comissão parlamentar para a Ética, Cidadania e Comunicação, onde foi ouvido sobre o caso da visualização pela PSP de imagens da estação pública da manifestação em frente ao Parlamento no passado dia 14 de novembro.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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