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Nuno Santos chama Assunção Esteves ao debate sobre proteção dos cidadãos que depõem na AR
Nuno Santos - Lançamento de «O que dizem os teus olhos» Foto: Ricardo Santos/Lux
Redação Lux em 11 de Dezembro de 2012 às 14:00
Nuno Santos pediu hoje à presidente da Assembleia da República para falar sobre "a proteção de que devem gozar cidadãos" quando depõem no Parlamento, a propósito do seu processo disciplinar na RTP.

"Daqui lanço um apelo à senhora presidente da Assembleia da República para que se pronuncie, não sobre mim ou sobre este caso em concreto, mas sobre a proteção de que devem gozar cidadãos chamados a depor nas Comissões Parlamentares", afirmou o ex-diretor de Informação da RTP, que convocou a comunicação social para uma conferência de imprensa em que explicou a sua posição relativamente ao processo disciplinar que lhe foi movido pelo conselho de administração da RTP com vista ao seu despedimento.

Se o conselho de administração da RTP entende que passagens das declarações prestadas no Parlamento "consubstanciam a prática de grave infração disciplinar", Nuno Santos pergunta então "o que devem os cidadãos dizer quando chamados a prestar depoimento perante aquele órgão de soberania? A verdade ou o que é 'politicamente correto', com vista à manutenção, a qualquer custo, do seu posto de trabalho?".

"Aquilo que cada um de nós diz, nessa condição de cidadãos, perante as comissões [parlamentares] não pode ser condicionado, à partida, com medo das represálias que possamos sofrer por alguém poder ver nessas declarações delito de opinião, algo que há mais de 38 anos está banido da ordem jurídico-constitucional portuguesa", sustentou.

Nuno Santos considerou ainda ser "possível afirmar" que a conclusão do caso da visualização pela PSP de imagens da RTP não emitidas relativas à manifestação do passado dia 14 de novembro em frente ao Parlamento "corresponde, afinal, ao seu despedimento".

"E esse despedimento, que se segue à minha demissão por razões políticas, estava preparado, de acordo com todas as informações que recolhi, antes da minha ida à Comissão Parlamentar para a Ética, a Cidadania e a Comunicação da Assembleia da República", acrescentou.

Instado a esclarecer em que se baseava para fazer esta afirmação, Nuno Santos disse apenas "também" ser jornalista, escudando a afirmação num "conjunto de informações" que recolheu.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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