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Filme «A Gaiola Dourada» recebido com sala cheia em São Paulo
A Gaiola Dourada
Redação Lux em 26 de Outubro de 2013 às 11:14
O filme «A Gaiola Dourada», do realizador franco-português Ruben Alves, foi recebido com sala cheia e aplausos pelo público da 37.ª Mostra de Cinema de São Paulo, na sua primeira exibição na cidade, na noite de quinta-feira.

Um dos espectadores chegou a pedir ao realizador que fizesse «A Gaiola Dourada 2», após o fim da projeção. Durante o filme, o público alternou momentos de riso com outros de emoção, envolvido na história de uma família portuguesa que vive em França há décadas, mas recebe uma herança e a oportunidade de voltar a Portugal.

«Estive contente com a sala cheia, pois nunca se sabe como cada público vai perceber o filme. Mas ele tem uma coisa de universal, uma história de amor, de família e de emigrantes, com a qual pessoas do mundo inteiro se podem identificar», disse Ruben Alves hoje à Lusa.

O filme, que será exibido mais duas vezes durante a mostra, estreará no circuito comercial brasileiro no dia 10 de janeiro, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em Portugal, a produção estreou em agosto e é a campeã de bilheteira do ano, com perto de 735 mil espetadores e uma receita bruta acumulada de 3,778 milhões de euros, segundo dados do Instituto do Cinema e Audiovisual.

Segundo o realizador, o filme já estreou em mais de dez países, e os seus próximos destinos serão Macau, Hong Kong, Austrália, Nova Zelândia, Panamá, Chile, Venezuela e África do Sul.

Nos Estados Unidos, «A Gaiola Dourada» será projetada no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque, numa apresentação especial em abril.

Alves afirmou que a existência de uma comunidade portuguesa significativa nos Estados Unidos e na Venezuela pode ajudar no sucesso do filme nesses países. Além disso, a nova onda de emigração, devido à crise económica, também aproxima a produção do público.

«Se calhar, o tema que eu fiz para falar da emigração nos anos 1960 e 1970, para falar dos meus pais, está muito atual», disse o realizador, que nasceu em Paris, filho de portugueses.

O sucesso da produção pode influenciar no próximo filme de Alves. O novo trabalho, no qual começará a trabalhar após o Natal, deverá ser novamente uma comédia que aborda de maneira ligeira temas profundos. Entretanto, o realizador disse não ter decidido se falará novamente de Portugal.

«Se continuo com isso [a tratar de Portugal], vou ficar como o realizador francês-português, como um carimbo. Ao mesmo tempo, tem um público à espera disso, entre os portugueses espalhados pelo mundo. Não podemos ir somente por esse caminho, teremos de pensar em algo para conectar as ideias», disse Alves.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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