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Nacional
Evelise Moutinho  com Fotos: Salvador Esteves em 25 de Abril de 2010 às 19:02
Dalila Carmo confessa que está a adorar viver na capital espanhola
Aos 35 anos, Dalila Carmo não esconde estar a viver um momento profissional e pessoal muito feliz.

«Com um pé em Lisboa e outro em Madrid», como a própria assume, a actriz confessa que o facto de ter «fixado» residência na capital espanhola, onde o marido, o economista Vasco

Machado, trabalha, foi benéfico para a relação, trouxe-lhe um enorme equilíbrio pessoal, sem ter de abdicar da sua carreira e dos seus afectos.

Lux - Nunca escondeu que o teatro é a sua grande paixão, mas este é o regresso à televisão muito esperado pelo público...

Dalila Carmo - (risos) Tudo é a minha paixão! Mas sim, há pouco estava a pensar na minha relação com o tempo e, às vezes, as pessoas dizem-me: «Estás há tanto tempo sem aparecer!» A verdade é que não dei pelo tempo passar. Estive entretida com tantas outras coisas e, na minha profissão, as paragens também são trabalho. Preciso de ter vida própria, porque não há energia criativa que dure 365 dias por ano. Preciso de ter o meu espaço e o meu lugar como espectadora para observar e sentir o que me rodeia. Senão, ligamos o piloto automático e depois o nosso trabalho não tem sangue, nem nervo, nem vida interior... É fundamental pararmos! Mas não vejo isto como um regresso, e sim como uma continuação. No ano passado fiz cinema, estive três meses a filmar em Moçambique, depois fiz um outro filme, «Quinze Pontos na Alma», do Vicente Alves do Ó, e logo a seguir comecei a gravar a mini-série «Dias Felizes. Depois tenho andado nesta intermitência entre Lisboa e Madrid para acertar o passo entre a minha vida pessoal e a minha vida profissional sem ter de abdicar de nada.

Lux - E já encontrou equilíbrio nessa ponte aérea?

D.C. - (risos) Estou um bocadinho farta do aeroporto e aqui me confesso, preciso de um TGV. É chato estar no aeroporto todas as semanas, muitas vezes venho e vou no mesmo dia, mas aos poucos vou-me situando mais lá sem abdicar do que tenho cá profissional e efectivamente.

Lux - E como é que tem sido descobrir Madrid?

D.C. - Estou a adorar! Sinto-me em casa em Espanha desde que nasci. Sou muito Ibérica, gosto dos dois países, apesar de sermos muito diferentes, e sinto-me em casa em ambos. Sou feliz em Madrid, integrei-me bem e acho que aquelas pessoas são descomplicadas, genuínas, menos protocolares. Acho que há ali uma transparência, mas não se pode generalizar, é claro. Mas, culturalmente, há diferenças, somos um povo mais fechado. Tenho amigos lá que me ligam para saber se Madrid me está a tratar bem! E só por isto, são eles que me estão a tratar bem. Estou feliz em Madrid. Sinto-me confortável nas lágrimas e no riso. Às vezes dou por mim na rua a cumprimentar pessoas que nem conheço. Pareço uma adolescente que acabou o curso e está a começar uma vida nova. Até me sinto mais nova!

Lux - Este «fixar residência» em Madrid acaba também por ser muito positivo para a sua relação com o Vasco? Há mais planos na vossa vida?

D.C. - São os mesmos. Não mudou nada, mas agora estamos a concretizar mais as coisas. Lá fazemos uma vida em conjunto e deixou de ser um casamento ocasional. Agora, é verdade que encontrei um equilíbrio pessoal e emocional maior com a minha mudança para Madrid.

Lux - E há planos para terem filhos brevemente?

D.C. - (risos) A seu tempo!
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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