Vasco Silva, marido da atriz Núria Madruga, é o produtor responsável pela realização do vídeo do escritório de advocacia Maria do Rosário Mattos, do qual muito se tem falado nos últimos tempos.
Surpreendido com a polémica nas redes sociais e até com o processo disciplinar interposto pela Ordem dos Advogados, o produtor usou a sua página no Facebook para dar a sua opinião sobre o tema.
No texto, «O meu primeiro Viral!», o produtor revela ter ficado «surpreendido», sobretudo «pelos comentários ofensivos e ridículos que encontrei espalhados por todo o lado».
Ao tentar encontrar uma razão para tanta polémica, Vasco Silva conta que ouviu a opinião de pessoas da sua confiança, a quem pediu «total imparcialidade» e que «a opinião foi unânime: "Filme Bem Feito", "Planos Bonitos", Inovador" e "Arrojado para uma sociedade de advogadas". De acordo com tudo o que eu pensava...».
«Orgulhoso» de ter feito o filme, o produtor ressalva no entanto que não se pronuncia acerca dos estatutos da ordem dos advogados, «não só porque não domino a matéria (nem tenho que dominar), mas também porque não é aí que se centra a minha indignação».
Conforme confessa, o que realmente o «incomodou, foram as insinuações e as ofensas completamente disparatadas que foram feitas em dezenas de posts, blogs, etc. Insinuações essas que se dirigiam tanto à linguagem do filme, como às próprias advogadas.
Confundir Glamour, Competência e Beleza, com Ordinarice, é no mínimo... parvo, vá!
Quando se fala em "falta de Decoro" então aí, dá-me vontade de vomitar!
É fantástico como estamos claramente, perante uma questão sexista, e onde tristemente muitos portugueses se deixaram levar, só porque agora o "ser viral", está na moda!
Escrever o que nos apetece nas redes sociais e mandar abaixo a dignidade e o profissionalismo das pessoas, é facílimo... eu diria mesmo, é redutor! O difícil é fazer uma análise fria, consciente e sensata.
O que concluo desta polémica é que para muita gente, Mulheres Bonitas, Bem Vestidas e que circulem pelo Chiado e Avenida de Liberdade, nunca poderão ser boas advogadas... é isso?
Recordo-me bem da primeira coisa que a minha mulher disse quando a polémica começou: "Se houvesse 1 ou 2 advogados homens, ninguém falava no filme!" Pois...
Se houvesse homens, se os vestidos fossem compridos, se os cabelos não tivessem sido arranjados e se tivessemos filmado num bairro pobre, provavelmente ainda ninguém tinha visto o filme.
Já dizia Jorge Palma... "Ai Portugal, Portugal..."!».