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Identificada proteína que provoca perda de memória
Cérebero - Idade Maior
Redação Lux em 31 de Agosto de 2013 às 11:12
Investigadores norte-americanos disseram ter identificado uma nova proteína no cérebro que provoca a perda de memória relacionada com a idade, descoberta que pode conduzir a novos tratamentos para a reverter.

O estudo defende «a ideia de que a perda de memória relacionada com a idade é uma doença independente da de Alzheimer».

Utilizando ratos de laboratório e oito cérebros humanos doados à ciência, a equipa liderada pelo Nobel da Medicina Eric Kandel da Universidade de Columbia descobriu que um gene designado RbAp48 estava ligado ao tipo de perda de memória associada ao envelhecimento.

A quantidade de proteína produzida pelo gene é quase 50 por cento menor nos cérebros velhos do que nos mais novos, indica o estudo publicado na quarta-feira na revista Science Translational Medicine.

As alterações no RbAp48 foram as mais significativas observadas entre todos os 17 genes que parecem levar a mudanças relacionadas com a idade numa parte do hipocampo conhecido como giro denteado.

Nas experiências com os ratos, os cientistas descobriram que «desligando» a proteína nos ratos mais novos eles se tornavam esquecidos, enquanto o reforço da proteína nos mais velhos aumentava a sua memória.

«Ficámos surpreendidos por ver que aquele aumento não só melhorou a memória dos ratos, como levou a um desempenho semelhante ao dos ratos mais novos», disse o coautor do estudo Elias Pavlopoulos, citado pela agência France Presse.

A descoberta fornece a primeira evidência molecular da diferença entre a perda de memória relacionada com a idade e a doença de Alzheimer, referiram os investigadores.

Kandel, que ganhou o prémio Nobel em 2000 pelo seu trabalho sobre a base fisiológica do armazenamento de memória nos neurónios, considerou «muito encorajador» o facto de os cientistas terem sido «capazes de reverter a perda de memória relacionada com a idade nos ratos».

«Os nossos resultados têm um forte potencial para serem transformados em novas terapias», reforçou Pavlopoulos.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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