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Um pratinho de caracóis (Parte I)
«Escargots Oeste» lidera exploração de caracóis
Redação em 8 de Setembro de 2009 às 10:21
Em tempo de férias, nem sempre é possível manter um bom equilíbrio alimentar, pelo menos é assim que a maioria das pessoas pensa, principalmente quando julga estar a cometer um pecado nutricional.

Mas há um petisco de Verão que, se for consumido como deve ser, não faz muitos estragos à alimentação. Falo do tradicional prato de caracóis acompanhado da imperial fresquinha.

Por isso, descanse esse sentimento de culpa quando sai da praia e ruma até uma esplanada para petiscar. Como em tudo, o importante é não cair no exagero e não comer dez travessas de caracóis regadas com vinte imperiais. Do ponto de vista nutricional, a carne do caracol é bastante equilibrada. Os caracóis são maioritariamente compostos por água - na ordem dos 70 a 85 % -, são pobres em gordura, têm entre 13 e 15 % de teor protéico e são relativamente ricos em minerais, como o cálcio, o mais abundante, o ferro, o cobre, o zinco e o magnésio. As calorias não são muito elevadas, sendo que 100 gr de caracóis equivalem a cerca de 60 ou 80 calorias.

Se compararmos as propriedades do caracol com as de outros moluscos, vemos que tem menos 33 calorias do que as amêijoas e menos 21 do que o berbigão.

O grande problema do consumo deste petisco, como não podia deixar de ser, é o molho... e o inevitável pão que lá se embebe. O modo de confecção é que adiciona calorias e gordura a este prato, que pode ser considerado saudável. Os caracóis são normalmente confecionados com um refogado

que leva gordura, o que não é muito grave se for azeite e usado em pouca quantidade.

Mas o que normalmente se adiciona a este refogado já leva a que se deva evitar o molho, pois são ingredientes que vão desde os cubos de caldos concentrados, ao toucinho, bacon ou presunto. Portanto, abuse dos caracóis, mas evite o molho.

Apesar de não haver diferenças entre os caracóis cozinhados em casa e os consumidos em restaurantes, aquilo que normalmente se altera é o tipo de acompanhamento. É mais provável abusarmos do pão e da manteiga se comermos fora de casa, até porque existe sempre um compasso de espera até à chegada dos caracóis, já com o pão e a manteiga sobre a mesa, e a tentação não perdoa.

Lembre-se de que, apesar de os caracóis serem um alimento magro e pouco calórico, tudo aquilo que rodeia a refeição tem de entrar para o cálculo das calorias ingeridas.

Portanto, tem de pensar no pão com manteiga, no queijo servido como entrada, nas pastas de fígado, de atum ou de sardinha, nas sobremesas e nas bebidas, quer sejam alcoólicas, como o vinho e a cerveja, quer sejam refrigerantes.

Humberto Barbosa

Contacto: 21 458 85 00

Clínica do Tempo
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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