A única vacina contra a febre tifoide disponível em Portugal foi recolhida do mercado pela empresa que a comercializa, que espera «em breve» normalizar a situação, disse à agência Lusa fonte da Sanofi Pasteur MSD.
A autoridade do medicamento (Infarmed) tinha emitido na semana passada uma circular dando conta da recolha voluntária de lotes do medicamento Typhim Vi, 25 µg/0,5ml, solução injetável.
Hoje, a rádio TSF noticiou que se trata da vacina contra a febre tifoide, a única disponível em Portugal.
À agência Lusa, fonte oficial da Sanofi Pasteur explicou que se tratou de uma recolha voluntária, a nível mundial. Esta recolha aconteceu porque algumas das vacinas poderão «eventualmente» conter o princípio ativo (antigénio) em dose inferior à das especificações do produto.
Contudo, a empresa sublinha que não há risco de segurança para os indivíduos vacinados com os lotes recolhidos.
«Estamos a fazer os nossos melhores esforços para resolver a situação, o que esperamos que seja num curto prazo», afirmou à Lusa a responsável de comunicação da Sanofi Pasteur, Margarida Martins.
A solução poderá passar por distribuir novas vacinas de lotes que estivessem afetos a outros países.
Também o Infarmed se encontra a «acompanhar de perto a situação», segundo disse à Lusa fonte oficial, manifestando a convicção de que será encontrada uma solução.
Segundo a Sanofi Pasteur, em Portugal são vendidas mais de 20 mil vacinas contra a febre tifoide por ano.
A febre tifóide é uma doença causada pela bactéria salmonella typhi, mais frequente em regiões com mau saneamento básico. A infeção adquire-se através da ingestão de água ou de alimentos contaminados com fezes de indivíduos infetados.
Esta doença apresenta sintomas semelhantes a uma gripe ou constipação, nomeadamente febre, dores de cabeça ou dores abdominais. O quadro gastrointestinal pode complicar-se e ser até fatal.
A vacina está indicada a algumas pessoas que viagem para regiões consideradas de risco, nomeadamente países em vias de desenvolvimento marcados por condições sanitárias precárias.
Cabe ao médico da consulta do viajante decidir sobre a necessidade da vacina.
Lusa