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Redução Mamária
Seios
Redação Lux  com Francisco Campos em 24 de Abril de 2010 às 10:13
É uma operação destinada a reduzir o tamanho, o peso e o volume das mamas, por remoção de pele, gordura e tecido glandular, de forma a preservar a sua função e a sensibilidade e a obter um excelente resultado estético.

A indicação cirúrgica é, claro, a hipertrofia mamária, particularmente naqueles casos em que estão associados sintomas como excesso de peso torácico, dor na coluna e outros, alguns de natureza íntima.

Há muitas técnicas cirúrgicas descritas para se efectuar uma redução mamária, as quais se aplicam às diversas formas de hipertrofia. Contudo, um cirurgião experiente acaba por desenvolver as suas próprias.

É uma intervenção que dura cerca de três horas e é efectuada sob anestesia geral (o mais seguro de todos os métodos de anestesia), para segurança e conforto da doente, em regime ambulatório.

No entanto, se o peso dos tecidos removidos for superior a 600 gramas, é necessário colocar drenos, o que implica um ou dois dias de internamento (não é possível dar alta a um doente com drenos).

A possibilidade de isto acontecer é prevista na consulta e a doente é informada dela.

Durante a cirurgia e no pós-operatório, faz-se a prevenção de infecção e de fenómenos

tromboembólicos e estas complicações não ocorrem.

A pele é suturada por dentro com material absorvível e, assim, não é necessário tirar pontos.

No final da operação, é vestido um soutien de contenção lateral fornecido pelo hospital, que é usado durante um mês.

O pós-operatório da redução mamária é absolutamente indolor.

As cicatrizes, que resultam do encerramento da pele em todas as técnicas eficazes, têm, no final do procedimento, a forma de um T invertido cujo topo é circular, resultante da redução do diâmetro do complexo areolomamilar (CAM), ou de um L com o topo igualmente circular, como no caso da hipertrofia moderada. Tratamos bem estas cicatrizes no pós-operatório e elas tornam-se rapidamente imperceptíveis, não causando qualquer constrangimento à doente.

Nos dez dias seguintes à operação, os cotovelos não devem ser elevados acima do nível dos ombros.

A doente só deve conduzir quando se sentir capaz disso, seis, sete dias depois. O exercício físico que envolva a grade costal e os membros superiores é interdito durante um mês.

Após este mês, a vida retoma as suas características habituais e a doente pode ir à praia sem restrições.

Na hipertrofia mamária severa, a perda da sensibilidade ou da vascularização do CAM é um risco, embora pouco frequente, e nós temos uma técnica que o evita. Outra complicação possível, mas também evitável e muito pouco frequente, é a esteatonecrose, que significa a formação de nódulos organizados de gordura «derretida» pela temperatura produzida por instrumentos eléctricos de coagulação.

No caso da gigantomastia, para se evitar a perda e a destruição do CAM por perda de

vascularização, ele é removido no início da operação e reposto, com enxerto, no final, o que implica perda de sensibilidade.

A forma mais dramática de hipertrofia mamária, a hipertrofia mamária virginal, é aquela que atinge crianças dos 10 aos 13 anos e que se caracteriza por um aumento brutal das mamas, o que causa grande sofrimento físico e psíquico. Não se pode permitir que uma criança desta idade espere até aos 18 ou 20 anos para ser operada, perdendo porventura os melhores anos da sua vida em tristeza e em desinserção social. Tem de ser operada e estar ciente, tal como os pais, de que as mamas continuarão a ter um desenvolvimento (agora obrigatoriamente mais lento), e que nova operação poderá ter lugar, perto dos 18 anos.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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