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Tratamentos invasivos não cirúrgicos de rejuvenescimento facial
Pés de Galinha
Redação Lux  com Francisco Campos em 18 de Abril de 2012 às 09:58
No decurso dos últimos anos, apercebemo-nos de um crescimento enorme de procedimentos invasivos destinados a corrigir algumas imperfeições faciais, que foram designados de forma global, e erradamente em minha opinião, de procedimentos de «medicina estética», designação esta sem qualquer suporte científico ou mesmo académico. Nenhuma universidade ensina ou reconhece esta «especialidade».

A correção de imperfeições faciais terá começado há mais ou menos vinte anos, quando a toxina botulínica, vulgo Botox, começou a ser utilizada sem autorização da Food and Drug Administration, no tratamento de rugas faciais.

Anteriormente era, e ainda hoje é, utilizada terapeuticamente na correção temporária de contraturas musculares provocadas por algumas doenças que afetam extremidades ou mesmo as pálpebras e ainda na hiperhidrose axilar ou das mãos.

Contudo, a injeção de Botox na face só foi autorizada nos EUA pela FDA em 2004 e apenas numa região, chamada região glabelar, cujos músculos, o prócero e os corrugadores, quando muito ativos, nos dão um ar «de zangados». O efeito desta injeção é surpreendente, mas os resultados serão sempre temporários, na nossa prática pessoal duram aproximadamente seis meses. Embora não seja autorizada a sua utilização em rugas frontais e perioculares (pés de galinha), eu injecto Botox nestas zonas, porque considero que é seguro para os doentes fazê-lo.

Quando iniciei este artigo, falei propositadamente de Botox por ser, de longe, a substância mais conhecida publicamente como tratamento invasivo de rejuvenescimento não cirúrgico da face. Dedicarei um artigo próximo exclusivamente a este assunto.

Mesolift e preenchimentos da face

(parceria Francisco Campos/Claudio Javier Léon)

São procedimentos não cirúrgicos de rejuvenescimento facial que podem ser executados isoladamente, em conjunto ou até como complemento do clássico mas sempre atual facelift que, quando indicado, nada o substitui. O mesolift consiste numa infiltração indolor por via mesoterapêutica (microagulhas de 0,3 mm) subcutânea de cerca de 2500 injeções desde o «decote» subindo por toda a face, lóbulos das orelhas e região frontal, que dura cerca de 30 minutos, introduzindo-se em cada injeção 0,04 ml de uma formulação vitamínica que contém os seguintes produtos aprovados pela Food and Drug Administration: um polivitamínico com todas as vitaminas do grupo B; vitamina E, antioxidante e altamente refirmante da pele; e vitamina A, que provoca um micro peeling interior com regeneração de elementos celulares da pele, de dentro para fora.

A formulação contém também 23 aminoácidos e oligoelementos, como zinco, cálcio, cobalto e potássio. Um ADN protege a pele de agressões externas, nomeadamente radiação solar ultravioleta.

O mesolift feito duas vezes, com um intervalo clínico de quinze dias ou um mês, dependente da observação clínica, promove um notável rejuvenescimento da pele da face, dotando-a de uma elasticidade que tinha sido perdida com o tempo, a exposição solar exagerada e a exposição a todo o tipo de poluentes.

No caso clínico que se apresenta, além do mesolift foi efetuado um preenchimento simultâneo de polimetilmetacrilato, um material de preenchimento de depressões da face que sofreu igualmente atrofi a de gordura. Trata-se de uma substância sintética de preenchimento defi nitivo, aprovada pela FDA e que funciona no organismo de duas formas: por atribuir volume em zonas que perderam gordura e por encapsulamento, ou seja, o organismo reage à presença deste material altamente biocompatível e forma uma cápsula à sua volta, o que lhe confere o carácter definitivo. Este material não é sentido no exterior da pele e acentua a sua nova elasticidade. A sua aplicação é indolor, não se recorrendo a anestesia local. Neste caso clínico foi igualmente feito um preenchimento dos lábios com a única fórmula de ácido hialurónico aprovada pela FDA, que contém um anestésico local e cuja durabilidade é superior a um ano.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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