Maria Filipa Carneiro de Mendonça Côrte-Real Vacondeus, conhecida apenas como Filipa Vacondeus, morreu esta manhã (6), no Hospital Pulido Valente, onde estava internada. Tinha 81 anos.

«Ela já estava há alguns meses doente e, a seguir ao Natal, foi internada no Hospital Pulido Valente e hoje [a evolução da doença] terminou da pior maneira», disse Liliana Valpaços, da editora Matéria-Prima, onde Filipa Vacondeus publicou vários livros sobre gastronomia, incluindo o último, «Os petiscos da Filipa», em declarações à Lusa.

A chefe de cozinha autodidata e gastrónoma foi, sem dúvida, uma das figuras mais populares da cozinha portuguesa.

O seu percurso profissional foi muito variado. Iniciou-se na TAP como hospedeira de bordo, sendo mais tarde assessora do presidente da Junta de Turismo da Costa do Sol, e secretária de administração de uma fábrica de montagem de automóveis em Setúbal.

Casou-se com José Vacondeus, jornalista e fundador de vários jornais, e abriu um restaurante em Alfama. Instigada pelo marido, começou a fazer crítica gastronómica nos seus jornais.

No entanto, a sua fama e enorme popularidade foi ampliada quando Herman José, no seu programa «O Tal Canal criou», criou uma personagem inspirada em Filipa Vasconcelos, que ficou conhecida porque cozinhava tudo com imensa paprika.

O sucesso televisivo levou-a ainda a publicar livros de gastronomia e culinária, e pertencer a júris de concursos gastronómicos.