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Nacional
Decisão sobre extradição de Vale e Azevedo adiada pela quinta vez
Vale e Azevedo: Adiada decisão sobre extradição para 27 de Novembro
Redação Lux  com Lusa em 12 de Fevereiro de 2010 às 15:12
O Tribunal Superior de Justiça de Londres [High Court] decidiu, esta sexta-feira, adiar pela quinta vez a análise do recurso do ex-presidente do Benfica João Vale e Azevedo contra o pedido de extradição feito pela justiça portuguesa.

O juiz Patrick Elias foi sensível ao facto de o advogado de defesa, Alun Jones, ter sido nomeado «há poucos dias», dando-lhe algumas semanas para entregar a sua defesa por escrito.

O advogado alegou que o cúmulo jurídico decidido pela justiça portuguesa em relação a Vele e Azevedo decretou uma sentença de 11 anos e seis meses de prisão, invalidando uma outra de sete anos e seis meses que refere o mandado que originou este processo.

A procuradora, Melanie Cumberland, replicou que a lei da extradição não requer que o mandado tenha a duração da sentença, mas que exista uma sentença válida.

Todavia, o juiz, apesar de manifestar preocupação por o caso se arrastar há quase dois anos no tribunal, decidiu na mesma dar tempo à defesa do ex-presidente do Benfica para se preparar, pedindo que seja marcada uma nova data em breve.

A análise do recurso esteve marcada primeiro para 13 de Maio de 2008, mas foi sucessivamente adiada para 24 de Junho, 30 de Julho e 5 de Novembro do mesmo ano.



Na sessão anterior, a 30 de Julho de 2009, Vale e Azevedo representou-se a si mesmo, alegando a necessidade de poupar dinheiro.

Mas desta vez o ex-presidente do Benfica contratou o escritório de advogados Kaim Todner, que recentemente tem defendido vários casos mediáticos de extradição na Inglaterra.

Este escritório está também a defender Garry Mann, o britânico que está a lutar contra um pedido de extradição da justiça portuguesa por causa de alegado envolvimento em distúrbios durante o Euro2004.

João Vale e Azevedo é objecto de um pedido de extradição para cumprir uma sentença de sete anos e seis meses de prisão pelos crimes de falsificação e burla qualificada no «caso Dantas da Cunha».

Um mandado de detenção europeu foi emitido a 11 de junho de 2008, ao qual o juiz Nicholas Evans deu provimento a 27 de Novembro do ano passado no Tribunal de Magistrados de Westminster.

Todavia, os advogados de Vale e Azevedo apresentaram um recurso junto do Tribunal Superior de Justiça britânico uma semana depois, a 3 de Dezembro de 2008.

Vale e Azevedo permanece no Reino Unido sob termo de identidade e residência, com o passaporte retido e impedido de viajar para o estrangeiro.

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Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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