O príncipe Carlos, os filhos William e Harry, Pelé, o líder espiritual Dalai Lama juntaram-se numa acção conjunta com o objectivo de promover a defesa do meio ambiente.

Carlos de Inglaterra, o príncipe que nunca se transformou em sapo, usou este batráquio para sensibilizar consciências através de um pequeno filme disponível no Youtube.

No vídeo, que não chega aos dois minutos, participam ainda os actores Harrison Ford, Daniel Craig e Robbie Williams, a cantora Joss Stone, algumas crianças anónimas e nem o sapo mais famoso dos marretas faltou. Todos eles surgem acompanhados de um sapo verde, afinal o símbolo escolhido para sensibilizar consciências sobre a necessidade de protecção da vida na terra.

A iniciativa tem o selo da «Rainforest Project», uma organização presidida pelo herdeiro do trono britânico. Foi criada em 2007, com o objectivo de criar formas de preservar as florestas ameçadas pelas alterações climáticas.

Segundo a agência EFE, as preocupações ambientais de Carlos de Inglaterra já vêm de longe embora os escândalos reais tenham sido sempre mais noticiáveis que propriamente as acções do príncipe. A sua consciência ambiental já o levou, por exemplo, a adaptar um velho Aston Martin para consumir bio-combustível elaborado a partir de vinho.

Nos últimos meses o príncipe subiu o tom nas suas declarações públicas em defesa da necessidade de serem tomadas acções urgentes para travar as alterações climáticas. A visita à Amazónia foi um dos pontos altos dessa tentativa de sensibilização.

Neste vídeo o príncipe Carlos e os filhos saem em defesa das florestas tropicais espalhadas por todo o planeta, numa iniciativa sem precedentes. O objectivo principal é criar uma comunidade online preocupada com o meio ambiente.

Mas embora se esforçe para fazer algo de útil das críticas não se livra. Apelidado de «ecologista de luxo», há cerca de dois anos foi criticado por viajar em primeira classe na companhia de 20 pessoas para receber um prémio, justamente, pelas iniciativas em prol da defesa do planeta.

Mais recente, no mês de Fevereiro, durante a sua viagem pela América Latina foi acusado de hipocrisia por defender o meio ambiente a bordo de um jacto privado, quando o podia ter feito utilizando aviões comerciais com capacidade para 134 pessoas. Ao percorrer 26.000 Km num avião privado emitiu para a atmosfera cerca de 322 toneladas de CO2.

A imprensa, essa, não lhe perdoa. O «Daily Mail» fez manchete na altura referindo-se à viagem do príncipe: «Carlos embarca numa viagem «verde»....a bordo de um avião privado».

Mais recente o «The Independent» apontou uma incongruência do príncipe: acusou o herdeiro do trono de defender o meio ambiente mas, ao mesmo tempo, utilizar produtos químicos na sua propriedade. A ser verdade, esses produtos destroem a floresta tropical.

Veja o vídeo: