Líderes religiosos e políticos de diferentes filiações, bem como celebridades da vida pública americana e mundial reuniram-se na sexta-feira (10) para um último adeus a Muhammad Ali: um cortejo fúnebre e um memorial em Louisville, cidade natal do homem celebrado por sua destreza como boxeador e suas crenças firmes.
Fãs que repetiam “Ali!” e atiravam flores se enfileiraram pelas ruas de Louisville, em Kentucky, para a procissão funerária que acompanhou o corpo de Ali, que morreu no dia 3 de junho aos 74 anos de idade, ao longo de locais memoráveis, como a sua casa de infância em West End e o Centro Muhammad Ali Center, antes de seguir para o Cemitério Nacional Cave Hill para a realização de um enterro particular sob uma lápide que tinha a simples inscrição “Ali”.
O ator Will Smith, que recebeu uma indicação ao Oscar por interpretar o pugilista em "Ali", filme de 2001, e o ex-campeão de pesos pesados Lennox Lewis estiveram entre as pessoas que carregaram o caixão.
Autoridades municipais estimaram em cem mil o número de pessoas nas ruas para homenagear Ali, muitos dos quais cruzaram o país e o mundo.
Já no Centro KFC Yum! decorreu um memorial que contou com elogios fúnebres do ex-presidente norte-americano Bill Clinton e do comediante Billy Crystal.
O reverendo Kevin W. Cosby, pastor numa igreja local, comparou Ali com outros atletas negros pioneiros que impulsionaram os direitos civis. “Antes de James Brown dizer ‘Eu sou negro e tenho orgulho’, Muhammad Ali disse ‘Eu sou negro e sou belo’”, afirmou Cosby. “Ele ousou amar as pessoas negras numa época em que as pessoas negras tinham um problema para se amar.”