O Guarda-redes brasileiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por matar a amante Eliza Samudio.
O ex-guarda-redes do Flamengo foi declarado culpado por quatro crimes: rapto, homícidio e ocultação do cadáver da amante, e também pelo rapto do filho, Bruninho.
A sentença foi proferida esta madrugada depois de trÊs dias de julgamento. O crime, que aconteceu em junho de 2010, é considerado um dos casos mais macabros da justiça brasileira.
Durante o julgamento, Bruno Fernandes admitiu que sabia que Eliza estava morta, mas disse que só tinha ficado a saber após a excecução do crime.
O ex-jogador confirmou ainda que beneficiou com o homicídio de Elisa, mas colocou a culpa no amigo e assessor Luiz Henrique Romão, conhecido como "Macarrão", e no ex-policia Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como "Bola".
Na sentença, proferida no dia internacional da mulher, a juíza afirma ter ficado "cristalino o interesse do réu em suprimir a vida de Elisa Samúdio".
A magistrada destaca que o jogador agiu todo o tempo de forma "dissimulada", a acreditar que a falta do corpo o absolveria.
Elisa Samúdio foi sequestrada no Rio de Janeiro e levada presa para um sítio em Esmeraldas, Minas Gerais, onde ficou por quase uma semana, até a sua morte, em junho de 2010.
O corpo da vítima até hoje não foi encontrado. Acredita-se, segundo versões de envolvidos, que o seu cadáver foi atirado a cães.
A juíza ressaltou ainda que Bruno Fernandes mostrou ser uma pessoa "fria, violenta e dissimulada", com personalidade "desvirtuada", longe dos "padrões mínimos de normalidade".
O crime terá ocorrido porque Eliza cobrava constantemente dinheiro a Bruno, alegadamente para as despesas com o filho.
A mulher de Bruno, Dayanne dos Santos, que respondia por sequestro e cárcere privado da criança que Bruno teve com Elisa, foi absolvida.