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Internacional
Netinho faz «mea culpa» em mensagem emotiva: «Sinto-me no dever de contar a minha experiência a todos»
Netinho Foto: Netinho Oficial
Redação Lux em 4 de Fevereiro de 2014 às 12:51
Netinho, que regressa agora à vida pública com o lançamento de um novo disco e a recuperar de um problema de saúde que o colocou em risco de vida, partilhou uma extensa mensagem na sua página oficial em que revê a sua vida, faz o mea culpa de ter tomado esteróides e mostra-se grato pela segunda oportunidade de vida que lhe foi dada.

Leia aqui a mensagem do cantor baiano:

Há anos eu tatuei no meu braço a frase "Nada como viver!". E é isso mesmo, o que há melhor do que estar aqui no caldeirão da vida? Provando desse banquete incrível, acertando, errando, aprendendo, vivendo? Sei que muitos deixam a vida passar batida. Eu não, gosto de viver, de me jogar no mundo, de sentir na pele todos os efeitos das minhas atitudes e escolhas. O período que vivi no ano passado no hospital foi muito bem vindo. Aprendi muito! ERREI ao tomar anabolizantes no passado, mesmo sendo receitados por um médico e confiando nele. A culpa é toda MINHA pois apesar da indicação desse médico, EU QUIS TOMAR, e assumi e assumo todas as consequências. Treino musculação há 20 anos, NUNCA para ter um corpo gigante pois sou um cantor e não um fisiculturista. É um esporte fantástico, indicado para todos e até já retornei ao treino. Na musculação fui buscar mais resistência, fôlego e força para me ajudarem nos shows já que danço com bailarinos o show inteiro. Quando eu via que estava ficando muito troncudo, dava um tempo no treino pois isso me atrapalhava quando dançava nos shows. Mas foi a musculação que me deu o suporte que tenho para dançar e cantar ao mesmo tempo.

Após minha cura, sei que o que me ajudou muito também foi a maneira como levei e levo a minha vida. Nunca fumei nem tenho notícias de quem fuma na minha família. Fui beber álcool após os 30 anos pois sempre trabalhei MUITO e nunca antes tive tempo para a minha vida pessoal. E NUNCA fui resistente à bebida. Até hoje. Sou daqueles que toma um copo ou uma dose e já fica engraçado, neném, falando besteiras. Quem me conhece e convive comigo, sabe. Sou daqueles que ficam esquentando um copo na mão a festa inteira. Também não como sal ou açúcar há 15 anos. Nunca antes estive internado em hospital. Não sabia o que era uma dor de cabeça. Dormi muito pouco, é verdade. Mas não havia outro jeito pois nos finais de semana, a partir das quinta-feiras, era viagem atrás de viagem e muitos shows. E é sempre assim. Durmo bem às segundas, terças e quartas. E só.

Fora o sono, todas essas coisas que relatei acima me ajudaram muito a vencer esse período de cama de hospital.

Quando saí, me senti no dever de contar toda a minha experiência para todos. Conto também na TV pois tenho acesso a ela, é minha vida. Mas se não tivesse esse acesso, contaria aos meus vizinhos, aos amigos, e a todos que eu pudesse. Acho de grande utilidade relatar tudo que passei. É uma história de fé, de vitória das orações das pessoas, dos médicos e da medicina, e sobretudo, do homem, da nossa capacidade.

Então, muita alegria, muita fé e a vida continua.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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