Cerca de 50 mil pessoas prestaram, este domingo em Hannover, a última homenagem a Robert Enke, o guarda-redes alemão que se suicidou na terça-feira, aos 32 anos.

As cerimónias fúnebres tiveram lugar no estádio do Hannover, com a urna do jogador deposta no centro do relvado, entre um mar de flores.

Familiares, amigos, adeptos, políticos e dirigentes desportivos assistiram comovidos às cerimónias. Teresa Enke, a viúva, foi fortemente aplaudida quando se deslocou junto da urna.

Michael Ballack, capitão da selecção alemã e amigo de infância de Enke, depôs uma coroa de flores junto à urna - onde se encontrava a coroa de rosas brancas, da mulher, em forma de coração - e todos os membros da equipa nacional estiveram presentes na cerimónia.

«Robert, tu eras o número um, no verdadeiro sentido», relembrou Martin Kind, presidente do Hannover 96.

Theo Zwanziger, presidente da Federação Alemã de Futebol, apelou para que ninguém se esqueça que o jogador foi vítima de depressão. «O futebol não é tudo; acima disso está o ser humano», afirmou Zwanziger.

Fora do estádio, encontravam-se milhares de adeptos, a maioria vestidos de negro, em respeito pela morte de Enke.

O guarda-redes foi depois sepultado no cemitério junto à sua casa, em Empede, a norte de Hannover, ao lado da campa da filha Lara, que morreu em 2006, com apenas dois anos, devido a uma malformação cardíaca.

O Benfica, clube que Enke representou entre 1999 e 2002, esteve representado pelo guarda-redes Moreira e pelo vice-presidente Rui Gomes da Silva.