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Internacional
Segundo dia de audiências do «caso Oscar Pistorius» gerou mais dúvidas do que certezas
Oscar Pistorius em tribunal Foto: Reuters
Redação Lux em 20 de Fevereiro de 2013 às 16:05
O segundo dia de audiências do processo-crime contra o atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius gerou mais dúvidas do que certezas ao cabo de várias horas de testemunho do investigador-chefe da polícia.

Numa tentativa de resgatar alguma da credibilidade perdida pelo detetive Hilton Botha, quando foi contrainterrogado pela defesa de Pistorius, o procurador Gerrie Nel colocou-lhe algumas questões básicas na parte final da sessão de hoje.

Estas serviram basicamente para reiterar a convicção do investigador de que Pistorius matou a namorada de forma premeditada e que a sua libertação sob caução levaria à sua fuga do país.

Durante a sessão de hoje o detetive entrou em contradição em torno de várias declarações relativas à sequência de acontecimentos que antecederam a morte de Reeva Steenkamp, vítima de três tiros disparados através da porta fechada de uma casa de banho na residência do arguido.

As declarações de Botha incluíram referências a telefonemas que Pistorius teria ou não feito após a tragédia à segurança do complexo e aos serviços de emergência, a uma casa que possuiria em Itália, a testemunhos de vizinhos e a substâncias encontradas no seu quarto.

O investigador insistiu, no final da sessão, na sua convicção de que Pistorius sabia que Steenkamp estava no interior da casa de banho quando disparou contra a porta ("bastava que a chamasse para que ela se identificasse", disse Botha), e que libertá-lo sob pagamento de caução poderia levar à sua fuga.

"Acha que um medalhado olímpico fugiria do país mesmo antes do início do julgamento?" - perguntou a Botha o procurador Geerie Nel, ao que o polícia respondeu:

"Sim, acho que sim, ser condenado a uma pena de prisão não é brincadeira".

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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