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Internacional
Diretor da Companhia de Ballet do Teatro Bolshoi perdoa agressores
Sergei Filin diretor do Ballet Bolshoi Foto: Reuters
Redação Lux  com AM em 29 de Janeiro de 2013 às 11:05
Sergei Filin, diretor da Companhia de Ballet do Teatro Bolshoi, foi atacado na madrugada de sexta-feira num estacionamento no centro da capital russa. Segundo o Ministério do Interior, uma pessoa não reconhecida lançou no rosto do homem de 43 anos um líquido não identificado, que as autoridades suspeitam tratar-se de algum tipo de ácido.

Em declarações ao canal de televisão russo NTV, Filin afirmou que quer voltar a trabalhar, apesar dos ferimentos. O diretor, de 42 anos, deu a entrevista a partir da cama de hospital onde se encontra a recuperar das queimaduras graves e onde foi submetido a duas operações a cada olho para recuperar a visão.

«Não vou mentir. Claro que é muito duro para mim e muito difícil. Digo a mim mesmo a cada manhã ao acordar: "Sergei, estás saudável, está tudo no seu lugar - os braços, as pernas" ... E eu vou fazer de tudo para voltar a ser o mesmo Sergei que era antes», afirmou.

Apesar de correr o risco de perder a visão num dos olhos, o diretor da Companhia de Ballet do Teatro Bolshoi revelou ainda que perdoa as pessoas que o ameaçaram e o atacaram.

«Um padre veio ter comigo e disse-me: "sabe, eu perdoo todos e Deus será o juiz deles porque as pessoas são fracas". Eu perdoo todas as pessoas que estão envolvidas nisto», afirmou, garantindo que apesar de não saber quem está por detrás de ataque, acredita que o mesmo está relacionado com o seu trabalho.

«Antes de satisfazer as suas ambições ou eliminar o ressentimento, seria bom que as pessoas pensassem que eu tenho três filhos incríveis. Mesmo se o pior acontecer, eu vou continuar a olhar para este mundo, vou continuar a fazer o meu trabalho, mas através dos olhos dos meus três filhos», reiterou o artista, prometendo que vai voltar aos palcos.

Acredita-se que o diretor tenha sido vítima de disputas internas entre dançarinos e gerentes do teatro. Segundo amigos do diretor, os pneus do seu carro foram furados na véspera do ataque e eram constantes as chamadas telefónicas ameaçadoras.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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