A Casa Real pronunciou-se, de forma breve, sobre o facto da infanta Cristina, filha do rei espanhol Juan Carlos, ter sido hoje (7) constituída arguida no processo de desvio de fundos e branqueamento de capitais, conhecido como Nóos.
Em declarações no programa Audiencia Aberta, da TVE, Raffael Spottorno, representante da Casa do Rei, manifestou: «Há que confiar sempre na justiça, sempre respeitámos as ações do magistrado», classificando o tema como um «martírio» para a Casa Real.
Esta é a segunda vez que a infanta Cristina é consituída arguida com audiência marcada para o próximo dia 8 de março.
Em abril de 2013, o mesmo juiz acabou por suspender a decisão de constiruir a infanta arguida, depois de um recurso apresentado pela procuradoria anticorrupção.
Recorde-se que ainda em novembro, o Ministério Público espanhol afirmou não ter provas que justificassem a acusação da infanta Cristina na sequência da investigação por fraude fiscal.
«Simples conjeturas ou suspeitas não constituem elementos válidos para uma acusação», afirmou o Ministério Público, opondo-se a que a infanta seja constituída arguida no escândalo de corrupção que envolve particularmente o marido, Iñaki Urdangarim, disse o Tribunal de Maiorca.