A segunda mulher de Nelson Mandela, Winnie, está a contestar na Justiça o testamento do falecido líder antiapartheid.
Numa carta enviada pelo seu advogado aos executores do espólio de Mandela, Winnie Madikizela-Mandela argumentou que os seus filhos deveriam ter a propriedade conjunta da casa dos ancestrais do ex-presidente em Qunu, na província do Cabo Oriental, onde foi enterrado em dezembro.
Winnie, fervorosa ativista antiapartheid que se divorciou de Mandela em 1996, depois de ter sido revelado que ela o traiu durante os 27 anos em que ele esteve na prisão, disse ter adquirido a propriedade de Qunu em 1989 quando Mandela ainda estava encarcerado, o que lhe daria a posse do local nos termos da lei convencional.
Ela não recebeu nada dos 4,1 milhões de dólares do espólio de Mandela, que foi dividido entre a família, o partido Congresso Nacional Africano, ex-empregados e várias escolas.
Cada um dos seus seis filhos e alguns dos seus netos receberam 300 mil dólares, e a propriedade de Qunu ficou sob custódia da família.