Cristiano Ronaldo afirmou que ainda não renovou pelo clube madrileno e considerou que, apesar de desconhecer o que o futuro lhe reserva, neste momento está bem onde está.

As declarações de Cristiano Ronaldo surgem poucas horas antes de o jornal desportivo espanhol Marca (considerado próximo do Real Madrid) ter noticiado em manchete que o jogador português chegou a acordo - há mais de um mês - para renovar até junho de 2018, por um salário recorde de 17 milhões de euros limpos por época.

«Não renovei», assegurou Cristiano Ronaldo em Los Angeles. "Essa situação não está ainda solucionada. Não me compete falar disso porque não é o momento oportuno. Mais lá para a frente talvez se saiba algo mais concreto, mas de momento o que me compete é treinar, jogar e preparar-me", indicou.

Questionado sobre as palavras do presidente do clube madrileno, Florentino Pérez, garantindo que o extremo português acabaria a carreira no Real Madrid, Cristiano foi mais claro: «Não confirmo que vá acabar a carreira aqui».

«Apenas quero fazer o meu trabalho. O meu futuro não sei. Neste momento sou jogador do Madrid e o futuro não sei. Veremos o que se vai passar. De momento estou bem onde estou», sublinhou o avançado.

De acordo com o jornal Marca, há mais de um mês que o avançado chegou a um acordo para prolongar o contrato por cinco épocas e por um salário que é um milhão de euros mais elevado do que o de Messi (Barcelona, 13 milhões fixos mais 3 milhões de incentivos).

O principal ponto de discórdia na renovação do contrato, escreve A Marca, prendia-se com os direitos de imagem. No seu contrato atual Cristiano Ronaldo tem 60 por cento dos direitos de imagem e o clube fica com o restante. O jornal espanhol não indica qual a percentagem com que ficará agora, mas recorda que o Real de Madrid estava disposto a ceder até 70 por cento dos direitos de imagem quando tentou contratar o brasileiro Neymar (agora no Barcelona).

O desportivo Marca escreve que "a renovação de Cristiano nunca foi uma questão exclusivamente de dinheiro, mas sim de carinho", e que agora o jogador "sente-se respeitado pelo seu presidente, pelo clube, pelos companheiros e pelos adeptos".

Ainda assim, o jornal noticia que "o homem-chave" para conseguir que Cristiano Ronaldo "termine a carreira no Real de Madrid foi Jorge Mendes". "O agente do jogador foi umas vezes mediador e outras conselheiro para aproximar posições entre o futebolista e o presidente", adianta o jornal