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Nacional
Escultura de homenagem a José Saramago inaugurada em Itália
José Saramago 1922 - 2010
Redação Lux em 7 de Dezembro de 2013 às 15:36
Uma escultura de Cristina Maria, intitulada «Pilar», em homenagem ao escritor José Saramago, é hoje, ao final da tarde, inaugurada no Centrum 7Sóis 7Luas, em Pontedera, no centro da Itália.

A escultura, em pedra calcário vidraço e ferro, com um metro de altura, «abre em duas folhas nas quais constam duas frases de Saramago: 'Difícil não é viver com as pessoas, difícil é compreendê-las' e 'o silêncio ainda é o melhor aplauso'», disse à Lusa Cristina Maria.

Segundo a escultora, estas duas frases «mostram um pouco da personalidade, escrita e irreverência» de José Saramago, que recebeu o Prémio Nobel da Literatura há 15 anos.

Os «acabamentos e as texturas são polidos, criando algum contraste com a rocha natural da pedra esculpida», referiu a escultora que inaugura também hoje a exposição «Esculturas do meu fado», na galeria deste centro.

Cristina Maria além de mestre de cantaria é também fadista, tendo já editado dois álbuns, e nesta mostra procura «exprimir o duplo sentimento de amar o fado e a cantaria».

«Esculturas do meu fado» fica patente em Pontedera, na província italiana da Toscânia, até 07 de janeiro, de onde seguirá para França.

Esta exposição integra apenas mármores e calcários, nacionais e estrangeiros em preto e branco, excetuando a escultura dedicada a Amália Rodrigues, em vermelho de Alicante.

A escultura de homenagem à criadora de «Povo que lavas no rio» mede 1,50 metros e «é a mais pesada», disse.

Além de Amália, são homenageados outros nomes do fado como o guitarrista e compositor Custódio Castelo, o fadista Fernando Maurício, o músico Jorge Fernando, o viola baixo Joel Pina e o construtor de guitarras Óscar Cardoso.

«Todos os fadistas são homenageados através da escultura «Fado menor», de 1,23 metros, que representa o xaile da fadista em repouso num cadeirão de ferro, guardando a dor, a solidão e a saudade». «É uma escultura em mármore ruivina e ferro», explicou.

Em declarações à Lusa, a artista afirmou que a exposição levou cerca de dois anos a preparar e nela procurou «exprimir o duplo sentimento de amar o fado», que canta, assim como a cantaria em pedra, de que é mestre, «igualmente uma arte tradicional portuguesa».

Esta exposição foi apresentada pela primeira vez em junho, em Lisboa, no Museu do Fado, com polos em algumas casas de fado da capital, tendo estado patente no Convento de Cristo, em Tomar, no Museu da Cidade de Aveiro e na Casa-Museu Guerra Junqueiro, no Porto.

Hoje à noite, no Centrum 7Sóis 7Luas, em Pontedera, a 33 quilómetros de Pisa, a fadista interpreta alguns temas do seu repertório acompanhada apenas à guitarra portuguesa por Custódio Castelo, que foi já distinguido com o Prémio Amália Melhor Instrumentista.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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