Os portugueses vão poder comemorar hoje os 40 anos do Dia do Trabalhador em liberdade, participando em manifestações de protesto ou festividades um pouco por todo o país para reivindicar novas políticas para Portugal.
As duas centrais sindicais promovem, como habitualmente, comemorações do 1.º de Maio em separado e desta vez também de forma diferente.
A CGTP realiza o tradicional desfile em Lisboa, entre o Martim Moniz e a Alameda, onde o seu secretário-geral deverá apelar à mobilização e ao protesto nas ruas contra a retirada de direitos e o empobrecimento da população.
A UGT este ano optou por voltar ao modelo antigo, não desfilando na avenida da Liberdade, mas sim festejando no jardim junto à Torre de Belém.
A CGTP-IN, através das suas estruturas regionais, assinala o 1.º de Maio em mais de 40 localidades do continente e das regiões autónomas com manifestações, concentrações, convívios e iniciativas culturais, desportivas e lúdicas.
Sob o lema «Lutar para mudar de política e de Governo ¿ Abril e Maio de novo com a força do povo», a Intersindical conta ter «muitos milhares de trabalhadores, de reformados e de jovens» nas ruas, para manifestar a sua indignação contra a política do Governo do PSD-CDS e da troika, noticia a «Lusa».
O feriado do 1.º de Maio foi a primeira conquista sindical após a revolução de Abril de 1974, integrando um conjunto de 14 reivindicações que a Intersindical se apressou a apresentar à Junta de Salvação Nacional no dia seguinte à Revolução dos Cravos.