Raquel Prates falou, em entrevista à Lux, sobre a sua qualidade de vida “atualmente muito superior” desde que se submeteu uma histerectomia total com excisão de todas as lesões provocadas pela endometriose e adenomiose.
Partilhando o seu testemunho, a apresentadora fez, e continua a fazer, parte de um movimento de consciencialização que deu a conhecer esta situação clínica que aflige tantas mulheres de forma dramática.
Lux - Vai fazer dois anos que foi submetida a uma histerectomia total com excisão de todas as lesões provocadas pela endometriose e adenomiose. Como se sente atualmente? Que aprendizagem retirou dessa luta?
R.P. - Sinto-me muito bem com essa decisão e a qualidade da minha vida atual é muito superior. Não estou em constante estado inflamatório e não sinto dores. A aprendizagem é muito extensa e em diversas áreas, curiosamente a mais fácil de decifrar foi a física, talvez por ser mais rápida, consciente. Depois existiram muitas outras questões que levantei, e que viviam no subconsciente. E esta última foi a mais intensa e dolorosa aprendizagem.
Lux - Sente que foi importante partilhar a sua história no sentido de sensibilizar e apoiar tantas mulheres que sofrem da doença? Continua a trabalhar nesse sentido?
R.P. - Sinto que fiz parte de um movimento de consciencialização que finalmente teve alguma expressão em Portugal. A doença era praticamente desconhecida, tal como as suas características, sintomas e efeitos nefastos. Ainda é uma doença mal compreendida e aceite pela sociedade, com um enorme impacto na vida pessoal e profissional das mulheres.