Salvador Sobral continua internado no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide.
O seu estado não sofreu agravamento. O cantor, de 27 anos, encontra-se internado e estabilizado para a eventualidade de surgir um coração compatível. Assim que isso aconteça, Salvador seguirá de imediato para o bloco, para que seja finalmente realizado o procedimento que salvará a vida do herói nacional.
O cantor nasceu com uma malformação congénita cardíaca e, até aqui, o jovem músico tem tentado levar a sua vida o mais normal possível, mas com a ajuda de um desfibrilador, que lhe foi implantado debaixo da pele e lhe garante a sobrevivência.
A Lux contactou um especialista que sublinhou que a insuficiência cardíaca é uma doença grave e que mata a curto prazo.
“No transplante é preservada alguma parte da estrutura vascular, alguns vasos nativos, e só o músculo e o sistema de condução é que são transplantados, é como se cortasse o coração todo à volta. As artérias e veias são removidas e são depois suturadas ao coração do dador no recetor”, esclareceu o especialista em cardiologia, rematando ainda para os riscos: ”Em termos de riscos, é como qualquer transplante: é a rejeição. As pessoas têm de fazer medicação para prevenir essa rejeição e estão muito mais suscetíveis a apanhar infeções. Terá de usar uma máscara na rua, por exemplo. Apesar da compatibilidade, há sempre o risco de isso acontecer.”
Sobre o internamento de Salvador, o médico esclareceu: “Está internado, mas não à espera de coração, e sim porque descompensou. Num caso normal, não estaria internado. Se estiver muito tempo à espera e o coração não funcionar adequadamente, tem de ser internado. Há pessoas que estão dois, quatro, cinco meses, há outras que não chegam a fazer o transplante, porque não aguentam. Porém, com tudo a correr bem, é suposto que a vida do paciente seja feita normalmente.