Aos 38 anos, José Lacerda Saldanha tem um já invejável percurso como arquiteto. Fez o curso na Universidade Lusíada, no Porto, entre 1989 e 1995, e a partir daí não parou. Ou melhor, começou até antes. No 12º ano, para ter a noção de que o seu «sonho de infância tinha de facto pernas para andar», como confessou à Lux, começou a dar apoio no gabinete do seu primo, o arquiteto Norberto Costa.

Confirmadas as expectativas, fez o curso e estagiou depois com Vítor Machado. Dois anos após ter criado a sua própria empresa, foi contratado pela Câmara Municipal da Maia, onde assinou obras municipais durante nove anos, em paralelo com o seu gabinete. Entre os seus projetos mais conhecidos, contam-se a reabilitação do Café Velásquez, nas Antas, e das Caves Porto Vasconcellos, na marginal de Gaia, e a criação de raiz dos restaurantes Flor de Sal, em Mirandela, e Sumo, no Cais de Gaia. Paralelamente, também se tem dedicado à arquitetura de interiores, que considera indissociável da de edifícios.

Há uns anos, reparou num palacete à venda na Rua Álvares Cabral, no centro do Porto, e sentiu-se conquistado mal entrou. Tinha sido utilizado por uma repartição pública e estava muito degradado. Depois de um longo período de negociações e obras de reabilitação, a casa ficou pronta, e serve simultaneamente de gabinete de trabalho e habitação.

Foi lá que o arquiteto recebeu a Lux acompanhado pelos seus sobrinhos, e também afilhados, Diogo, de 12 anos, e Francisca, de 8, com quem gosta de estar sempre que pode.

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