«Até prova em contrário não podem dizer que o Rui Pedro está morto. O que eu penso é que o Rui Pedro está vivo. Aquela fotografia, eu acredito que era o Rui Pedro», afirmou Afonso Dias em entrevista à RTP.

O principal arguido do caso o Rui Pedro reafirmou a sua inocência, explicando porque não falou em tribunal e porque queria falar com «Meninha», Filomena Teixeira, que considera sua madrinha.

«Eu se tivesse de dizer alguma coisa [pista] já tinha dito. Eu queria dizer na cara das pessoas [família de Rui Pedro] porque não tenho nada a esconder. Eu gostava de ter oportunidade de dizer na cara o que disse nos autos», revelou ainda que não falou em Tribunal porque não tinha «uma vírgula a acrescentar» ao que já tinha dito.

«Sempre contei a verdade», reiterou, em lágrimas, dizendo que não sabe «o que lhe aconteceu» e que toda a sua colaboração só serviu que fosse acusado do rapto do seu «irmãozinho».

Afonso Dias considerou que esta acusação foi uma «mostruosidade» e que as não pensaram na sua família.

«As pessoas não viram que eu tenho uma família. As pessoas nunca quiseram saber que a minha esposa sofre com isto, que o meu filho sofre com isto. Eu compreendo e sempre compreendi a dor dos pais de Rui Pedro. As pessoas têm que entender uma coisa: o Afonso é inocente e não merece o que o Afonso e a família estejam a pagar com isto», disse.

Paulo Gomes, advogado de Afonso Dias, explicou que o seu cliente só foi acusado porque não tinha alibi.