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Portugueses vencem Open Architecture Challenge
Lux
Redação Lux em 15 de Agosto de 2012 às 10:44
A equipa de arquitetos portugueses, liderada por João Segurado, venceu o concurso Architecture for Humanity¿s Open Challenge, e apresentará o projeto vencedor na Bienal de Arquitetura de Veneza, que começa no próximo dia 27.

O concurso, organizado pela Architecture for Humanity, desenvolveu-se este ano sob o mote da recuperação de espaços militares desativados, em prol de uma nova utilização de cariz cívico, social, económico ou ambiental.

O projeto português foi escolhido por um júri composto por 33 profissionais, com base em cinco critérios: impacto comunitário, apropriação contextual, pegada ecológica, viabilidade económica e qualidade de design.

Candidataram-se 510 equipas de 74 países, das quais 13 chegaram à fase final, e irão estar também presentes em Veneza.

O projeto português, intitulado «OCO ¿ Ocean & Coastline Observatory», propõe a recuperação das baterias antiaéreas instaladas na década de 1940, na costa do concelho de Almada, nomeadamente entre a Trafaria e a Costa de Caparica, explicou à Lusa Manuel Espada, um dos elementos da equipa liderada por João Segurado.

A equipa foi constituída pelos arquitetos João Figueiredo, Mauro Jerónimo, José Pereira, Filipe Freitas e Luís Sezões, além de Manuel Espada, e chefiada por João Segurado.

O prémio tem o valor pecuniário de 2000 euros e variado material de arquitetura, além da possibilidade de apresentar o projeto na Bienal de Arquitetura de Veneza, o que acontecerá «logo no dia da inauguração e é para nós o maior prémio», disse à Lusa Espada.

Manuel Espada afirmou que o projeto apresentado visa a reconversão das antigas baterias em centros de observação da orla costeira, de apoio às pescas e aos desportos, assim como a observação da fauna e do comportamento ambiental.

Relativamente à 5.ª bateria da Trafaria, conhecida por Bateria da Raposeira, localizada no estuário do rio Tejo, na margem oposta a Lisboa, «chegámos à conclusão que o programa cívico proposto, que viria a substituir o militar, devia manter a anterior vocação do edifício, situado no topo de uma colina, virado para o mar, para a defesa da costa, agora com um caráter cívico, de preservação e sustentabilidade», explicou o arquiteto.

«A antiga bateria do Regimento de Artilharia de Costa poderá vir a hospedar o Observatório da Costa e Oceano [OCO]», acrescentou Espada, que adiantou estarem agora a procurar sensibilizar as autarquias locais e o Exército Português.

O OCO poderá «ser um lugar para supervisionar o desenvolvimento sustentável da preservação da costa, um lugar onde diferentes comunidades da população podem conhecer e partilhar as suas preocupações, planos e ambições para o litoral», adiantou.

As baterias foram instaladas nas costas próximas de Lisboa, durante a II Grande Guerra Mundial, com o objetivo de proteger a capital.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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